Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI) em parceria com B4C Brasil apresentaram um webinar com informações sobre o mercado de controle biológico no Brasil.
Parceria da Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI) com a B4C Brasil (ex-IAR do Brasil), o Webinar 100% online B4C Brasil: Biocontrol in Brazil, foi realizado no último dia 15 de junho e tratou das oportunidades e desafios do mercado de controle biológico no país.
O evento contou com a presença do presidente executivo da ABBI, Thiago Falda,e das associadas Biotrop e Novozymes, representadas respectivamente por Jonas Hipolito e Gilberto de Seixas Maia Neto, além de Marco Antônio Nogueira, da Embrapa Soja, Leandro de Oliveira Lino, da Elicit Plant, Clémence Medina, da Micropep, e com a moderação de Renata Abreu, da B4C Brasil.
O controle biológico faz parte do chamado Manejo Integrado de Pragas (MIP) e admite o uso de organismos vivos naturais ou obtidos por manipulação genética para combater pragas e males provocadas, por exemplo, por lagartas comuns, moscas, nematoides (vermes), broca da cana-de-açúcar, ácaros e fungos e outros agentes nocivos para a agricultura.
Os produtos biológicos podem ser utilizados em qualquer cultura, desde frutas e verduras, até grãos, cana-de-açúcar, entre outros. Existem dois tipos de biodefensivos:
microbiológicos, que são representados por vírus, bactérias, protozoários e fungos, e os macrobiológicos, representados pelos insetos, ácaros e nematoides.
Dependendo do tipo de praga, os defensivos podem ser classificados em inseticidas (insetos), acaricidas (ácaros), fungicidas (fungos), nematicidas (nematoides) e herbicidas (plantas daninhas). O produto biológico é eficaz e seguro e passa por vários processos regulatórios, com alta tecnologia de grande potencial de crescimento.
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Além de serem eficientes do ponto de vista agronômico, esses produtos apresentam baixo ou nenhum impacto sobre a saúde humana e o meio ambiente, e o seu uso vem ganhando cada vez mais espaço na produção agrícola brasileira. Conforme explica o Presidente Executivo da Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI), Thiago Falda, o mercado de controle biológico cresceu mais de 30% em 2021 e tende a alcançar aproximadamente US$ 10,6 bilhões.
“Na proposta da nova legislação do mercado de controle biológico há previsão tanto para os produtos feitos em indústria e os produzidos on farm completa Falda.
A Biotrop, associada da ABBI, apresentou no webinar sobre sua participação neste mercado, bem como, bem como apresentou suas perspectivas para os próximos 10 anos.
“O Brasil é o mercado que mais cresce no mundo. A área total tratada com biológicos está crescendo acima de 33% a cada ano,” afirma Jonas Hipolito. E este mercado cresce por uma demanda dos agricultores, que buscam gestão integrada, eficiência do produto e rentabilidade e da sociedade que quer se alimentar de forma mais saudável.
Em sua participação, Gilberto de Seixas Maia Neto, da Novozymes destacou que desde 1991 foram aprovados 433 produtos biológicos no Brasil, frisando que a rápida inovação e um rápido processo regulamentar são essenciais para alavancarmos o mercado de Pesticidas Biológicos, que atualmente é apenas 2,2% do mercado de inoculantes Brasil.
O Brasil atingiu a liderança na agricultura tropical nos últimos 40 anos e tem condições de desenvolver modelos de referência a nível mundial de controle biológico específico para região.
Sobre a ABBI
A Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI) é uma organização civil, sem fins lucrativos, apartidária, e de abrangência nacional que acredita no Brasil como potencial líder da bioeconomia avançada global. Representamos empresas e instituições de diversos setores da economia que investem em tecnologias inovadoras, baseadas em recursos biológicos e renováveis para criar produtos, processos ou modelos de negócios gerando benefícios sociais e ambientais coletivos. Trabalhamos para promover um ambiente institucional favorável à bioinovação, que permita converter nossas vantagens comparativas em vantagens competitivas, impulsionando o desenvolvimento econômico sustentável da bioeconomia avançada no Brasil.