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Aumento na produção de trigo no Brasil deve baratear o pão na mesa dos consumidores

Aumento na produção de trigo no Brasil deve baratear o pão na mesa dos consumidores

Após adaptar a produção do grão ao solo do Cerrado, o país deve aumentar em 4 milhões a safra do grão. O trigo é uma das poucas commodities que o Brasil importa.

Apesar do Brasil ser considerado uma das maiores potências agrícolas do mundo, ainda sofre com a dependência de importações para atender à demanda interna de alguns produtos, como é o caso do trigo. Isso porque a maior parte da commodity, que é usada principalmente para fazer pães e bolos, é produzida fora do país.

Atualmente os brasileiros consomem entre 12 e 13 milhões de toneladas de trigo por ano enquanto, em 2022, a produção nacional do grão deve atingir o recorde de cerca de 8 milhões de toneladas, segundo dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Contudo, depois que o Brasil adaptou a produção do trigo ao solo do Cerrado, o país passou a contar com a possibilidade da autossuficiência. A estimativa é ampliar a área de produção de trigo para um milhão de hectares em sistema irrigado no cerrado e incorporar mais 2,5 milhões de hectares no sistema de sequeiro, local onde o plantio é feito, sem necessidade de irrigação constante.

Isso representaria um acréscimo de cerca de 4 milhões de toneladas do grão no país nos próximos 10 anos. Tradicionalmente, o trigo é produzido em regiões mais frias, como no sul do Brasil, na Argentina, Canadá, Estados Unidos, Rússia e Ucrânia. 

“O país, que já é líder mundial na produção de soja e o terceiro maior produtor de milho, finalmente caminha para se tornar autossuficiente com o trigo. Com esta independência na produção do grão, os seus derivados devem ficar mais baratos, como é o caso do pão, alimento bastante popular na mesa dos brasileiros. Além disso, considerando a demanda internacional, se alcançarmos essa suficiência, o Brasil poderá se tornar um país exportador da commodity. Isso representa um impacto positivo para o agronegócio e na balança comercial brasileira”, afirma o especialista em comércio exterior e diretor da Tek Trade, Sandro Marin.

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