O Governo do RS comemora a aproximação da obtenção do status sanitário de zona livre de aftosa sem vacinação. O balanço da vacinação de 2020 foi apresentado neste 7 de maio, pelo Secretário de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho. Aliás, em live nas redes sociais, ele adiantou ainda as projeções econômicas para o Estado e os próximos passos que devem ser realizados na busca dessa certificação.
Sobretudo, mencionando a situação atual de pandemia, ele ressaltou que não se pode deixar de pensar no futuro, e em “tornar o Rio Grande do Sul uma zona livre de aftosa sem vacinação significa fortalecer a economia e estimular o desenvolvimento”.
Então, em relação à vacinação da aftosa, pelo menos 90,09% dos rebanhos foram vacinados no Estado. A contabilização total dos dados deve finalizar em até o dia 29 de maio. Todavia, a busca era de que no mínimo 85% dos rebanhos fossem imunizados, e o resultado atual, já é considerado mais do que satisfatório.
Passo a passo para a evolução do status sanitário
Neste mês de maio, inicia-se a contagem de um ano da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) para a certificação. Logo após, em agosto, o Mapa fará a supervisão de acompanhamento do plano de ação e marcará nova auditoria para setembro. Em seguida, o Mapa deve realizar nova auditoria e encaminhar pedido para deliberação da OIE, em outubro. Em maio de 2021, a OIE pode reconhecer o Rio Grande do Sul como Estado livre de aftosa sem vacinação
Medidas do Estado
O Governo do Estado já apresentou o plano estratégico e os projetos técnicos e de planejamento para defesa de sanidade animal, com vigilância ativa, análise de rede e cuidados com a fronteira. De acordo com o secretário, a mudança de status sanitário será uma decisão técnica, não política. “Estamos trabalhando tecnicamente em consonância com entidades representativas do setor e órgãos governamentais e de fiscalização. Todas as decisões serão com base em análises técnicas”, garantiu Covatti.
A Seapdr elaborou plano de ação para atender às ações apontadas em relatório final de auditoria do Mapa. O plano contém 18 medidas, a maioria envolvendo correções de procedimentos como preenchimento de documentos e relatórios.
Vacinação contra a febre aftosa
Os dois principais apontamentos dizem respeito à contratação de 150 auxiliares administrativos para ampliar o quadro de pessoal e de fiscalização e a aquisição de 100 veículos, sendo 72 pelo Estado e 28 pelo governo federal. Segundo o secretário adjunto da Seapdr, Luiz Fernando Rodriguez Junior, o Estado deve atender as medidas dentro do prazo estipulado, que é em agosto deste ano.
A Seapdr também já publicou instrução normativa proibindo venda e aplicação da vacina e impedindo o ingresso de animais vacinados no Estado nos próximos 12 meses. O prazo para digitação e envio dos relatórios oficiais da campanha de vacinação termina em maio.
Conforme a Seapdr, o custo anual estimado para a vacinação contra a febre aftosa é de R$ 228 milhões, considerando custos de vacina (US$ 2), logística, mão de obra e perda de peso dos animais – 20 milhões de cabeças, em duas etapas de vacinação.
*Com informações da Seadpr