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Variação do preço das commodities na segunda semana de junho

Variação do preço das commodities na segunda semana de junho

Commodities – A segunda semana de junho, foi marcada por altos e baixos, tanto no que se refere a moeda americana, quanto ao preço pago em balcão pela saca de soja. O gráfico 01 demonstra como foi a semana junto as principais cerealistas da região, que refletem o cenário mundial da commoditie Soja.

Gráfico 01: Oscilações do preço pago pela saca de SOJA, junto as principais cerealistas  da região Noroeste/RS na semana de 08 a 12/06.

*Por questão de ética, optou-se por categorizar o nome das cooperativas. Fontes: Coleta de Dados, (2020).

 

Os fatos que aconteceram durante a semana e que podem explicar tal cenário são:

VENDAS DE SOJA AMERICANA: A semana iniciou com a Inexistência de novas vendas externas dos Estados Unidos, de soja, tanto em grão quanto em farelo; No entanto, com as baixas do dólar ante o real espera-se a retomada de vendas norte-americanas. Ao passo que com o real mais forte, pode induzir importadores a redirecionar suas compras do Brasil para os EUA;

SAFRA EUA: A nova safra americana, segue em passos largos e obtendo bons desempenhos e positivas projeções. Com relação a safra de milho, as regiões produtoras estão vivenciando uma das melhores condições de desenvolvimento vegetativo dos últimos anos.  Para confirmar tal fato, o país já está com mais de 97% do cereal semeado e 89% já em afloramento, e as possibilidades de problemas climáticos cada vez menores;

NOVO RELATÓRIO USDA: Na sexta-feira (12/06/2020) o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos -USDA, publicou o boletim mensal de oferta e demanda, mensurando que os estoques finais de soja da safra 2019/20 dos EUA foram estimados em 15,92 milhões de toneladas, contra 15,79 milhões de toneladas do boletim de maio. As expectativas do mercado variavam entre 13,53 e 17,59 milhões de toneladas, com média de 15,89 milhões. Para o BRASIL, conforme o relatório, estima-se um novo recorde na safra 2020/21, com 131 milhões de toneladas, mas estável ante a previsão do mês passado. No mesmo relatório, tem-se um projeção para a safra de milho de 2020/21 de 107 milhões de toneladas, o que estabeleceria um novo recorde para o país;

PETRÓLEOS: Segue em ritmo acentuado de recuperação, sendo que Teve outra semana de valores positivos, em resposta ao auxílio da contenção contínua da Opep.

DÓLAR: A moeda americana, a qual operou em recuou quase toda a semana, volta do feriado trabalhando novamente na casa dos R$5,00. A justificativa para valoração da moeda, após ganho de força dos rumores da diminuição  do ritmo de recuperação da economia global e os temores de uma segunda onda de contágio pelo novo COVID-19 junto aos EUA; e

BRASIL: O Risco Brasil se mantém auto, frente as constantes incertezas sobre a perspectivas de recuperação da economia, em meio a um cenário de permanente avanço do número de novos casos diários da Covid-19 e de tensões políticas, as quais não sinalizam uma data fim.

Já a commodities, trigo a qual vinha com preços pagos pela saca (em balcão) estagnados, esporadicamente com singelas aumentos. Teve nessa segunda semana de junho, aumentos significativos, que chegam ao percentual de 4% conforme demonstra o Gráfico 02, o qual faz uma leitura das principais cerealista da região.

 

Gráfico 02: Oscilações do preço pago pela saca de TRIGO, junto as principais cerealistas  da região Noroeste/RS na semana de 08 a 12/06/2020.

*Por questão de ética, optou-se por categorizar o nome das cooperativas.
Fontes: Coleta de Dados, (2020).

Vale a pena lembrar que na última semana do mês de maio, com o clima propicio, somado ao preço de mercado atraente, o cultivo da nova safra de trigo avançou no Sul do País, projetando uma produção elevada para o período. Tanto que conforme novo relatório da USDA, a produção de trigo deve aumentar, assim como o consumo, as vendas e os estoques do cereal. Colaborando nesse sentido, dados do Conab apontam que a área de trigo no País deve ser de 1,09 milhão de hectares, 2,4% acima da temporada anterior.

Enfim, mais uma semana agitado para o mercado e para o produtor rural, que precisava cada vez mais, assumir seu papel de gestor/empresário rural, a fim de manter a saúde financeira de sua propriedade bem. É sabido que não rentabilidade sem um bom sola, da mesma forma que não há investimento em solo, ou em qualquer outra área sem ativos financeiros. Já dizia Geraldo Vandré: “… Vem vamos embora que esperar não é saber; Quem sabe faz a hora não espera acontecer”.

 

 

Ana Paula Alf Lima Ferreira

Graduada em Administração pela UNICRUZ, Mestre em Administração pela UFSM, Doutoranda em Agronegócio pela UFRGS e Professora do Instituto Federal Farroupilha Campus Júlio de Castilhos.

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