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Variação dos preços das commodities na terceira semana de julho

Variação dos preços das commodities na terceira semana de julho

Variação dos preços das commodities na terceira semana de julho

Findando a terceira semana do mês de Julho de 2020, seguimos mantendo um cenário totalmente atipico para o segmento da soja, que mantem-se atrelado aos efeitos da pandemia – a qual essa semana ganhou mais um capitulo, após a Rússia ter anunciado uma vacina para a mesma.

Com relação às exportações da soja, principalmente com destino a China, a mesma mantem-se de forma constante, uma vez que a China, buscar obter estoque a fim de se proteger caso ocorra a reeleição do Trump, e este decida criar mais critérios/embargos com a China.

Ainda, nesta semana, a consultoria Safra Brasil, sinalizou uma projeção de aumento da produção de soja do Brasil em 5,4% no ciclo 2020/21 Tal aumento, seria uma resposta dos produtores, que estão otimistas frente a boa rentabilidade da oleaginosa. No entanto, o cenário apresenta duas realidades bem distintas, como a dos produtores do Sul do país, que ainda saboreiam os resultados abaixo do esperado da 2019/20, resultante da estiagem prolongada que castigou a região.

Logo devem conduzir na retaguarda a possibilidade de ampliação da área, visto que temos projeções da vinda de um novo La Niña. No entanto, na região Norte e Nordeste, a realidade é outra. Há a expectativa de aberturas de novas áreas, que deverão ocorrer principalmente sobre pastagens degradadas, com destaque para o Estado do Pará.  Vale ressaltar que com a consolidação das exportações pelos portos do Arco Norte, os produtores da região foram estimulados a ampliar sua produção.

Perdas por geada podem ser minimizadas com estímulo fisiológico dos cultivos de HF

Tal cenário é confirmado pelos próprios relatórios da USDA, IBGE e CONAB,   que sinalizam que a safra de soja 2020/2021 deve consolidar novamente o  Brasil frente os Estados Unidos, uma vez que esses deverão produzir 112,3 milhões de toneladas de soja, enquanto os produtores brasileiros deverão colher 131 milhões de toneladas. Logo, desenha-se um quadro muito positivo para os produtores da commoditie Soja. Resta torcer para que esse torne-se real para todos e de forma homogênea.

Com relação a precificação da saca, observou-se durante a semana que manteve-se na escala dos R$ 100,00 (preço de balcão), com discretas oscilações  a partir do dia  16/07/2020, quando houveram aumentos em torno de R$ 0,05 à R$1,00 por saca. Porém os valores mais positivos foram observados na sexta-feira, quando algumas cerealistas ofertaram até R$ 107,50 por saca. As oscilações dos preços pagos pela saca de soja,  pelas principais cerealistas da região durante essa semana, podem ser observadas junto ao Gráfico 01.

Gráfico 01: Comparação das médias pagas* pela saca de soja na região noroeste com a media do Estado do Rio Grande do Sul

Com relação ao trigo nacional, essa semana o período de semeio junto a região Sul chegou ao fim. A semeadura encerrou de forma muito positiva, e consagrada pelo clima que tem se apresentado de forma favorável, apesar da visita junto aos estados do “ciclone bomba” no final de junho. No entanto por estar no estágio inicial, não prejudicou o mesmo. Com relação ao mercado, conforme análise da CEPEA, observou uma valorização, ou seja, ganho de valor junto ao mercado de todas as farinhas, principalmente as destinadas às massas frescas. Massas e farelos registram valorizações.

No entanto, na Alemanha, segundo maior produtor de trigo do mundo, um  anúncio feito por entidades representativas durante a semana preocupou a indústria local e repercutiu no mercado financeiro. Segundo os mesmos, irá ocorrer uma redução de 6% da produção de trigo “soft” em 2020, o que representa menos 21,6 milhões de toneladas da oferta deste junto ao mercado. O agravante para tal cenário foi o excesso de umidade no período do outono úmido o que prejudicou o semeio do mesmo.

No que se refere a precificação, junto a região noroeste do estado, o preço pago pela saca de trigo, segue com um bom valor, inclusive acima da média paga pelo estado, que é de R$ 47,69, conforme pode ser confirmado pelo Gráfico 2.

Gráfico 02: Comparação das médias pagas* pela saca de trigo na região noroeste com a media do Estado do Rio Grande do Sul.

 

 

Ana Paula Alf Lima Ferreira

Graduada em Administração pela UNICRUZ, Mestre em Administração pela UFSM, Doutoranda em Agronegócio pela UFRGS e Professora do Instituto Federal Farroupilha Campus Júlio de Castilhos.

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