Arca Biotech, da holding Arca Real, captou US$ 4 milhões para levar tecnologia própria de separação de átomos aplicada ao agro para a área da saúde
Na foto: Marcelo Leonessa, Luzo Dantas Junior e Rodrigo Lovato, sócios da Arca Real
A Effatha Technology, é conhecida por reorganizar átomos de modo que o novo conjunto seja mais “cômodo” para uma finalidade específica. A solução já vem sendo utilizada há algum tempo no agronegócio, tornando os nutrientes mais facilmente absorvíveis e metabolizáveis, o que resulta em uma planta com mais vigor, crescimento e produtividade.
A solução, porém, foi desmembrada e deu origem a oito diferentes companhias, hoje incorporadas na Arca Real, uma holding brasileira que atende um mix de setores diversos. As aplicações englobam do agro ao saneamento básico, alimentação e bebidas e saúde humana.
Por conta da tecnologia inovadora, a Arca Biotech, divisão da holding focada em saúde humana, acaba de receber investimento de 4 milhões de dólares do fundo brasileiro WinCapital. A intenção é levar a lógica dos átomos para o tratamento de pacientes com câncer de cérebro e câncer de mama.
O investimento será utilizado para acelerar pesquisas de desenvolvimento em fases que antecedem a aplicação clínica, como testes in vitro e em animais. O trabalho ficará a cargo de cientistas no Hospital de Massachusetts, que tem relação com o instituto de pesquisas da Universidade de Harvard.
“A previsão é que este período de pesquisa demore leve três anos. Depois, devemos captar de novo para acelerar isso em larga escala”, diz Marcelo Leonessa, CEO da Effatha Technology.
Na Arca Biotech, a aplicação será utilizada para inibir a produção exacerbada das células cancerígenas de tumores que atingem o cérebro e as mamas.
Sucesso no agronegócio, a empresa pretende faturar cerca de R$50 milhões na próxima safra, que se encerra em abril. Entretanto, a holding projeta verticalizar a tecnologia para todas as áreas de negócio atendidas pelas empresas do grupo.
“Agora, vamos crescer em número de clientes, variedade de culturas e setores. Os anos futuros devem ser muito promissores. Sem dúvida este ano será um marco, pois aplicações são infinitas”, finaliza o CEO.