A venda está avançando no Brasil, mesmo com um ritmo de colheita ligeiramente menor do que nos anos anteriores. A alta é decorrente da retomada dos preços em Chicago.
Aproximadamente 8 milhões de toneladas de soja serão embarcadas nos navios que partem para a China neste mês. Comparando-se ao mesmo período do ano anterior, pode se observar que houve crescimento de um milhão de toneladas nos agendamentos de embarques.
Ainda assim, é preciso recordar que nem tudo tem sido embarcado no mesmo mês. Muitas vezes, há favorecimento no acúmulo de embarcações, por conta das condições climáticas.
O ritmo da venda de soja do Brasil para a China aumentou nesta semana. O país é o principal comprador da oleaginosa, com a taxa de câmbio favorável e fretes marítimos em queda, há redução de custos e facilidade para a importação.
China: consumidores globais, vontades iguais
Mesmo com o ritmo de colheita levemente abaixo do registrado nos anos anteriores, os negócios estão avançando no maior exportador global de soja, o Brasil. Mesmo com localidades onde houve muita ou pouca chuva, o ritmo segue forte.
A redução no valor do frete marítimo também favoreceu as compras dos chineses. Sobretudo em virtude de preocupações com o impacto econômico do Coronavírus, que se tornou preocupação global. Comparado a outros mercados, como o do petróleo, por exemplo, a nova epidemia não afetou a demanda por soja brasileira pela China.
Outro ponto positivo tem sido o dólar mais forte quando comparado ao real, o que tem favorecido os importadores de soja. A tendência é aumentar a venda.
Por sua vez, a colheita segue ganhando força, o que torna o Brasil ainda mais competitivo quando comparado aos Estados Unidos. Isso impulsiona ainda mais as exportações.
Enquanto isso, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) segue avaliando a safra de soja do Brasil, que teve expressivo aumento. De acordo com o levantamento, a produção brasileira foi estimada em 125 milhões de toneladas.
De fato, os números são acima do esperado pelo mercado, que era de 123,8 milhões. Assim também são os dados mais recentes da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que demonstram 123,2 milhões de toneladas neste mês.
A maior competitividade do nosso mercado de exportações pelo preço e melhor qualidade, tem reforçado a demanda pelo produto brasileiro. Caso a demanda chinesa melhore também nos Estados Unidos, serão recuperadas as cotações em Chicago. Com toda a certeza, esses números podem auxiliar para que a saca passe dos R$90 a partir da próxima semana. Outro ponto que pode auxiliar é o dólar mais alto.
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