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A importância da escolha do fungicida correto no controle as doenças da soja

A importância da escolha do fungicida correto no controle as doenças da soja

A soja é a principal cultura agrícola brasileira. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2021/2022 registrou 122,4 milhões de toneladas colhidas do grão em 40,8 milhões de hectares (ha).

A Companhia ainda estima que a temporada 2022/2023 deve atingir 153,6 milhões de toneladas, cultivadas em 43,5 milhões de hectares, com indicador de produtividade na média nacional ao maior nível já registrado, em 3.527 kg/ha.

Já é considerada a safra dos recordes. Para o país manter esta alta produtividade, é necessária uma atenção especial à sanidade das lavouras, evitando doenças que tragam prejuízos à cultura.

Phakopsora pachyrhizi

Um dos principais patógenos que afetam a sojicultura é a ferrugem asiática, que é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi.

A doença pode ser encontrada em todas as regiões brasileiras, por conta de sua facilidade de disseminação pelo vento, podendo causar redução de produtividade de até 90% na lavoura.

Outras doenças comuns à soja são a mancha-alvo e o crestamento foliar de cercospora, que podem ser transmitidos pelas sementes e restos culturais.

Fungicidas

Diante deste cenário, medidas como o vazio sanitário, escolha correta da cultivar e o uso adequado de fungicidas são necessários para manter o potencial produtivo da soja e diminuir as perdas de produtividade causado pelas doenças.

No Brasil, o uso de fungicidas pertencente ao mesmo modo de ação é frequente, o que pode acelerar o desenvolvimento de patógenos resistentes, dificultando seu controle e resultando em prejuízos na produtividade, pois estes afetam a área fotossintética das plantas e a formação dos grãos.

Ferrugem-asiática

No caso da ferrugem-asiática da soja, os danos podem chegar até a 90%.

Para evitar a incidência de doenças, é recomendado que sejam utilizados fungicidas chamados de “sítio-específicos”, que são muito eficientes no controle do fungo causador da ferrugem-asiática e da mancha-alvo, quando utilizados de maneira preventiva e associados a produtos multi-sítios.

Dentre os fungicidas “sítio-específicos” disponíveis no mercado, os principais mecanismos de ação (MOA) são os inibidores da desmetilação (IDM-triazóis), inibidores da succinato desidrogenase (ISDH-carboxamidas) e inibidores da quinona externa (IQe-estrobilurinas).

Recentemente, foram desenvolvidas pesquisas capitaneadas pela Corteva Agriscience e por diversas instituições de pesquisa para avaliar, em condições de campo, para avaliar a eficácia de controle de diversos ingredientes ativos fungicidas aplicados de forma isolada.

Os estudos foram desenvolvidos para o controle da ferrugem asiática, mancha-alvo e crestamento foliar de cercospora. Os ingredientes ativos analisados foram azoxistrobina (IQe), piraclostrobina (IQe), trifloxistrobina (IQe), picoxistrobina (IQe), benzovindiflupir (ISDH), fluxapiroxade (ISDH), bixafem (ISDH) e protioconazol (IDM).

2021/22

A análise realizada em 26 experimentos instalados na safra 2021/22 concluiu que as estrobilurinas apresentam diferentes níveis de controle das doenças avaliadas, destacando positivamente a picoxistrobina, que atingiu controle médio de 51,1%, sendo superior às demais moléculas pertencentes a este grupo químico incuídas no estudo (trifloxistrobina, piraclostrobina e azoxistrobina).

Segundo a bibliografia, a picoxistrobina foi o ingrediente ativo, dentro das estrobilurinas, menos afetado pela mutação F129L, a que mais afeta a ferrugem-asiática da soja.

Os fungicidas da Corteva a base de Picoxistrobina possuem a tecnologia Onmira, que elimina a necessidade de adição de óleo e diminui o risco de lavagem pela chuva, com menor fitotoxicidade para a cultura.

Desta forma, o estudo reforça a necessidade da escolha correta e aplicação adequada de fungicidas na soja, priorizando soluções a base de estrobilurinas, minimizando os danos causados pela ferrugem-asiática, mancha-alvo e crestamento foliar de cercospora, ajudando no desenvolvimento da cultura e a manutenção do protagonismo do Brasil na oleaginosa, proporcionando sucessivos recordes de produtividade.

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