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Safra 2023/24 deve renovar recorde histórico de produção de soja

Safra 2023/24 deve renovar recorde histórico de produção de soja

Estimativa é do relatório Setor em Foco produzido pelo time de especialistas em Agribusiness da Bateleur

Principal propulsor do crescimento econômico no primeiro trimestre de 2023, impulsionado, principalmente, pelo notável desempenho das safras de verão, o agronegócio brasileiro apresenta perspectivas bastante otimistas para o futuro. A safra 2023/24, segundo o relatório Setor em Foco elaborado pelo time de Agribusiness da Bateleur, deve renovar o recorde histórico de produção de soja, com um aumento de 1,2% na área plantada e 4,3% na produtividade, resultando em uma produção de 164,3 milhões de toneladas e representando um crescimento de 5,5% em relação à safra atual.

“As expectativas apontam para um cenário melhor para os produtores. Mesmo com o recente aumento nos preços dos insumos, a relação de troca deve melhorar consideravelmente, voltando a patamares mais próximos dos anos anteriores à pandemia”, ressalta Caio Debiasi, sócio da Bateleur que assina o relatório Setor em Foco – Agronegócio. Clique para acessar o relatório completo.

Embora o clima tenha impactado negativamente as últimas safras, prevê-se uma recuperação nos índices de pluviosidade devido à chegada do fenômeno El Niño, que reduz substancialmente as preocupações com a falta de chuvas para as culturas de verão no Centro-Sul do Brasil, responsáveis pela maior parcela da produção de soja no país, mas eleva o risco de estiagem na região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). Esses fatores climáticos favoráveis sustentam a expectativa de que a produção continue em ascensão, impulsionando a economia nacional e fortalecendo a posição do país no mercado global.

“As perspectivas são otimistas não apenas para as questões agrícolas, mas também para o seu entorno, como a produção de máquinas e implementos, o desenvolvimento de tecnologia e o aprimoramento genético, entre outras áreas que devem ser impactadas positivamente com o ganho de produtividade”, afirma Debiasi.

Resiliência do setor

O agronegócio brasileiro tem se mostrado historicamente menos suscetível a cenários de instabilidade econômica, inclusive registrando, consistentemente, crescimentos significativos durante períodos de crise tanto em âmbito nacional quanto internacional. Em 2022, o setor representou mais de um quarto do PIB nacional, movimentando cerca de R$ 2,5 trilhões e demonstrando sua relevância mesmo em meio às adversidades climáticas que atingiram, especialmente, a Região Sul.

A importância do agro também ficou evidente entre 2014 e 2016, na pior recessão da história brasileira, quando o desempenho robusto do setor ajudou a mitigar os impactos negativos enfrentados por outros segmentos, e, antes disso, entre 2007 e 2008, em um contexto de crise financeira mundial. Mesmo em períodos mais recentes, como a pandemia, o agro brasileiro demonstrou resiliência, registrando um crescimento significativo nas exportações.

No horizonte de longo prazo, as perspectivas para os grãos, especialmente a soja, são promissoras. Com o crescimento populacional projetado, associado ao desenvolvimento econômico global, as expectativas são de um aumento significativo na demanda por alimentos, especialmente oriunda de países da África e da Ásia, com destaque para a Índia, que detém a maior população mundial e deve figurar entre as três principais economias do mundo até 2050.

“No contexto internacional, além da necessidade alimentar, os grãos também serão demandados como insumos para fontes renováveis de energia. Nesse contexto, o Brasil emerge como um beneficiário proeminente desse aumento na demanda global, especialmente pelo seu potencial de expandir a produção de soja acima da média mundial”, destaca o sócio da Bateleur.

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