O plantio da safra americana iniciou com muita chuva e já deveria ter sido concluído nas áreas de milho, mas somente 60% das lavouras destinadas ao cereal foram plantadas de fato.
No caso da soja não é muito diferente, a semeadura deste ano segue muito aquém do registrado se comparado ao mesmo período do ano passado.
O quadro desenha um novo patamar de preços para os grãos no mundo todo.
Essa constatação é do CEO da empresa SLC Agrícola, Aurélio Pavinato, que cultiva soja, milho e algodão no Brasil.
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De acordo com Pavinato, uma parte da área que estava reservada para o milho pode ser plantada por outra cultura, mas há também muito espaço que não será plantado.
O Brasil fez uma excelente safra 2018/2019. A soja já encerrou a colheita. A região Sul sofreu um pouco, pois o Paraná perdeu parte de sua produção, e, por isso, o Brasil não bateu o recorde de produção. Porém, as regiões Centro-Oeste e Nordeste tiveram uma safra com alta produtividade e excelente desempenho, comenta Pavinato.
Segundo Pavinato é o 3º ano que o Brasil fará uma excelente safra de algodão, pois a área plantada cresceu muito.
Impactos da safra americana no Brasil
A safra americana iniciou com muita chuva e o plantio do milho e da soja atrasaram. Hoje, o americano já deveria ter concluído o plantio do milho e ele plantou apenas 60% .
Deste modo, a estimativa é que haja uma redução significativa na área plantada nos Estados Unidos e com isso, está sustentando e provocando uma mudança de patamar de preço do milho no mercado internacional.
Esta área talvez possa ser ainda plantada com outra cultura e mais uma parte significativa que não será plantada com milho. Tem muita área que está atualmente inundada, e que não será plantada nenhuma cultura.
Resumindo, o cenário é ruim para o produtor americano, mas por outro lado, os preços do milho e da soja, serão ajustados.
A tendência era uma queda muito expressiva nos preços para a próxima safra, e, com isso, o mercado terá outro patamar de valor em nível superior ao que seria sem essa quebra nos EUA.
Essa quebra, conforme Pavinato, vai provocar mudança no patamar de preço e de certa forma beneficiar o produtor brasileiro.