Experimentos de médio e longo prazo, conduzidos por instituições de ensino e pesquisa em parceria com a Yara, revelam vantagens nas culturas de milho, feijão, café e algodão
A Yara, líder mundial em nutrição de plantas, tem investido progressivamente em estudos que possam oferecer alternativas às demandas e desafios do agronegócio. Em 2022, a empresa está conduzindo 152 projetos científicos em parceria com 48 instituições de ensino e pesquisa, e alguns deles já apresentam resultados expressivos sobre os benefícios do uso de fertilizantes à base de nitrato em relação à ureia nas culturas de milho, café, algodão e feijão.
“As pesquisas de médio e longo prazo trazem observações relevantes que nos ajudam a demonstrar o potencial produtivo e a eficiência no uso de nutrientes de diversas culturas e, sobretudo como potencializar resultados que visam preservar a natureza, diminuindo as emissões de gases de efeito estufa. Por isso, apoiamos diversos projetos de pesquisa junto a instituições, que nos auxiliam a promover práticas, soluções e ferramentas mais positivas para a preservação do meio ambiente ao mesmo tempo em que ajudam a descarbonizar a agricultura e aumentar a produtividade das lavouras”, afirma Guilherme Schmitz, Diretor de Desenvolvimento de Mercado da Yara Brasil.
Fertilizantes nitrogenados
Para a cultura do milho, o estudo feito em parceria com a Embrapa Arroz e Feijão nos últimos nove anos vem comparando os efeitos de diferentes fertilizantes nitrogenados, como aqueles a base de nitrato e ureia, e avaliando variáveis como a produtividade, eficiência de uso de nitrogênio (N) pela planta, emissões de gases de efeito estufa e amônia, e a pegada de carbono na produção do cereal que considera todas as emissões decorrentes da produção dos fertilizantes, transporte e aplicação.
Após oito safras de avaliação da cultura, a pesquisa concluiu que o uso de fertilizantes nitrogenados oriundos de matrizes energéticas limpas contribui para a redução da pegada de carbono em até 20%. Os resultados também apontam para um incremento em produtividade de milho equivalente a 10 sacas por hectare ao ano, um aumento de 9% se comparado com o uso da ureia. Para confirmar essa observação foram necessárias quatro safras, a partir da qual os resultados passaram a ser persistentes, confirmando o processo de depleção do nitrogênio do solo, fundamental para os processos de sequestro de carbono, em campos fertilizados com fertilizantes com maior potencial de perdas, especialmente de amônia — caso da ureia, fertilizante mais utilizado na produção de milho no Brasil.
Nesta mesma pesquisa, e em sucessão ao milho, tem sido semeada terceira safra da cultura do feijão irrigado também adubado com as diferentes fontes nitrogenadas. O efeito do fertilizante na cultura foi observado a partir da segunda safra de plantio, e a produtividade acumulada em quatro anos foi de 27 sacas por hectare com o uso do fertilizante a base de nitrato de amônio e cálcio em comparação com a ureia. O estudo revela ainda um retorno sobre o investimento 65% maior com adoção do nitrato de amônio e cálcio em relação ao uso da ureia.
Já com relação ao café arábica, a Yara vem conduzindo estudos junto à Universidade Federal de Lavras (UFLA) sobre a comparação de produtividade entre a aplicação de fertilizantes à base de nitratos de fontes limpas e a ureia. As pesquisas estão sendo conduzidas há cinco safras e, a média das produtividades ao longo desses anos mostra um aumento de 10% em produtividade no uso de fertilizante a base de nitrato, um incremento de quatro sacas de café arábica por hectare ao ano.
Os estudos também trazem resultados conclusivos em relação a perda de N por volatilização na cultura do café, quando comparamos o uso de nitrato de amônio com ureia. Ao longo de cinco anos foi feito o uso da dose recomendada de 400 kg de N por hectare por ano na cultura do café arábica e, após o período, constatou-se que pela fonte de ureia a perda de N em forma de amônia para a atmosfera foi de aproximadamente 286 kg, o que representa 14% do total do nutriente aplicado. Já na aplicação da mesma quantidade do elemento com nitrato de amônio, as perdas ao longo de cinco anos foram de 7 kg de N em forma de amônia, representando aproximadamente 0,4% do nutriente aplicado. Portanto, é possível afirmar que o uso de insumos contendo nitrato de amônio na cultura do café arábica reduz em cerca de 90% a volatilização de amônia em relação ao uso da ureia, influenciando nas emissões de gases de efeito estufa e na qualidade do ar, além de proporcionar aumento na produtividade.
Os benefícios dos adubos com nitrato de amônio e cálcio também estão presentes na cultura do algodão. Os dados são da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ/USP) que, em parceria com a Yara, conduziu um experimento com algodão para avaliar o efeito de fontes nitrogenadas. Os resultados, após o quarto ano de cultivo com algodão, apontam aumento na produtividade do algodão safrinha de, em média, 273 kg/ha com uso do fertilizante à base de nitrato de amônio e cálcio em relação a ureia, o que equivale a 18 arrobas de algodão em caroço.
“Todos os estudos e pesquisas fazem parte da estratégia de negócio Yara para a promoção de um sistema de agricultura regenerativa eficiente para o produtor e toda a cadeia. Acreditamos que é possível alinhar a produtividade agrícola com a preservação dos recursos naturais, minimizando a emissão de gases de efeito estufa em larga escala e temos como base a pesquisa para alcançar esse propósito”, complementa Schmitz.