O impacto que as pragas vêm provocando na agricultura gera uma preocupação muito grande na mesa do consumidor. Aliado a isso, o processo manual e a falta de monitoramento eficaz fazem com que o problema cresça.
Nesse sentido, a Tarvos, Startup brasileira pioneira no desenvolvimento de soluções tecnológicas em coleta de dados para o manejo digitalizado de pragas, reforça a necessidade de se utilizar Inteligência Artificial em substituição do reconhecimento visual humano.
Segundos estudos do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da ESALQ/USP), “As pragas e doenças, de modo geral, causam redução do volume de produção, prejuízos à qualidade dos produtos e, conforme a situação, podem levar à morte as plantas e até dizimar cultivos inteiros”. Isso mostra a urgência que o produtor tem em adotar mecanismos eficientes para garantir produtividade e redução no uso de defensivos agrícolas.
Em um levantamento realizado em 2014, os pesquisadores acadêmicos da OLIVEIRA, C. M. et al., concluíram que, em termos de volume, o Brasil sofre uma redução de aproximadamente 25 milhões de toneladas de alimentos, fibras e biocombustíveis por ano devido ao ataque de insetos-praga.
Essa situação representa um prejuízo financeiro de US$ 15,1 bilhões em safras de grãos, açúcar, frutas e etanol e para combater são necessárias 164 mil toneladas de inseticidas. Estes dados demonstram o quanto se perde em produção com o ataque de pragas, mesmo com investimentos consideráveis para tentar conter esse dano.
Controle X Resistência
Carolina Suffi, CCO da Tarvos, alerta que é urgente um olhar tecnológico de dados para conter tantas perdas no cultivo de culturas, que são as principais commodities do agronegócio.
“Estamos fazendo o MIP (manejo integrado de pragas) de forma totalmente anacrônica e precisamos de rapidez na informação, diariamente e em tempo real, do que está acontecendo no campo com a chegada e presença de pragas. Ainda se considera o uso desmedido de pesticidas como principal opção de controle de insetos pragas, porém, atualmente, a tecnologia e a ciência de dados nos mostram que este não é o melhor caminho.” ressalta Suffi.
Soluções em IA (Inteligência Artificial)
Após um mapeamento do mercado e alguns estudos complementares, a Tarvos chegou a uma solução para o manejo de pragas que permite conectividade em qualquer região do mundo. Utilizando o conceito de computação de borda (edge computing), e viabilizado pela aprendizagem de máquina (machine learning), a empresa desenvolveu armadilhas inteligentes que utilizam transmissão de dados via satélite, ajudando, desta forma, a garantir que insumos químicos e/ou biológicos sejam aplicados onde e quando necessário.
Trata-se de um produto de baixo custo que diz ao produtor onde e quando ele deve agir, provendo relatórios via WhatsApp e dados de extrema importância para: indústrias, distribuidores e cooperativas, com informações analíticas que fornecem dados sobre classificação e detecção de múltiplas espécies. O processamento de dados é embarcado na própria armadilha com transmissão via satélite e operação 100% nacional, o que permite suporte em âmbito nacional.
“Conhecer o Manejo Integrado de Pragas (MIP), que requer a determinação precisa e rápida das populações de pragas no campo, é fundamental já que isso determina o sucesso da proteção das culturas. Além disso, a aplicação de defensivos no momento correto aumenta a eficácia e reduz custos”, enfatiza, Andrei Grespan, CEO da empresa.
Sobre a Tarvos
A TARVOS é uma startup brasileira, sediada em Campinas/SP e presente no mercado desde 2017. A empresa é pioneira no desenvolvimento de soluções em software e hardware para coleta de dados para o manejo digitalizado de pragas. Uma empresa jovem que conta com uma equipe multidisciplinar de profissionais, sendo 48% destas mulheres e destas 40% ocupam cargos de coordenação.