Especialista do Agrogalaxy relata como o uso de fungicidas pode contribuir para o controle do complexo de doenças e na manutenção do potencial produtivo
Os fungos fitopatogênicos são microrganismos que causam doenças em plantas, resultando em perdas significativas na produção agrícola. Essas doenças representam um dos maiores desafios fitossanitários enfrentados pela agricultura em todo o mundo, afetando a segurança alimentar e a economia global.
“Os fungos fitopatogênicos infectam as plantas de diferentes maneiras, podendo ser via ferimentos na superfície, como os causados por insetos, ou penetrando diretamente na cutícula da folha, colonizando os tecidos do hospedeiro, retirando nutrientes e neutralizando reações de defesa da planta. Além disso, eles causam danos nas folhas, caules e frutos das plantas, afetando sua capacidade fotossintética e de assimilar nutrientes”, comenta Erich dos Reis Duarte, gerente de Pesquisa & Desenvolvimento do AgroGalaxy, um dos maiores grupos de varejo de insumos e serviços voltados ao agronegócio.
Por isso, o especialista considera que entender os desafios apresentados pelos fungos fitopatogênicos e buscar soluções para controlá-los é essencial para garantir uma produção agrícola sustentável e a segurança alimentar.
“Esses microrganismos são capazes de se propagar rapidamente, afetando áreas grandes e causando perdas significativas na produção. É fundamental que todos os envolvidos na cadeia entendam melhor os fungos fitopatogênicos e como eles afetam as plantas, a fim de encontrar maneiras mais eficazes de prevenir e controlar essas doenças”, diz.
Segundo Duarte, existem diversas opções de manejar os fungos fitopatogênicos, mas para essa escolha deve-se levar em consideração as recomendações de órgãos oficiais, como a EMBRAPA Soja, centros de pesquisas e universidades, em que é considerado como uma das ferramentas o uso de fungicidas, procurando sempre rotacionar os mecanismos de ação — que é uma das principais maneiras de evitar resistência dos fungos -, e o uso de fungicidas com tecnologia multissitios em sua formulação, como também o uso de bioinsumos como protetores de plantas associados.
“Há excelentes opções de fungicidas que têm se mostrado uma ferramenta valiosa no controle de uma ampla gama de doenças, com ação sistêmica e multissitio em uma fomulação exclusiva de alta tecnologia, com registro em vários patógenos, como Mancha-alvo, Oídio, Antracnose, Ferrugem Asiática e Cercospora”, explica.
Para o especialista do AgroGalaxy, é essencial o uso de tecnologias inovadoras para a defesa vegetal de lavouras de soja em um país tropical como o Brasil. “Fungicidas completos com ação multissitio, associados aos bioinsumos, tais como Bacillus e os protetores a base de cobre, tem trazido segurança e altas produtividades. Chegamos ao patamar de 120 sacas por hectare em nosso Centro de Pesquisa por meio de manejo de doenças e nutrição de plantas, contribuindo significativamente para a manutenção do potencial produtivo das lavouras de soja e controlando a Ferrugem Asiática, Mancha Alvo, DFCs e, inclusive, a Anomalia das Vagens, conforme constatamos em resultados de pesquisas de campo em nossos Centros Tecnológicos AgroGalaxy (CTAs) espalhados pelo Brasil”, observa.
O papel da pesquisa na luta contra os fungos fitopatogênicos
Erich dos Reis Duarte reforça que as pesquisas desempenham um papel fundamental na luta contra os fungos fitopatogênicos, permitindo o desenvolvimento de novas tecnologias e abordagens mais eficazes para prevenir e controlar essas doenças. De acordo com o especialista, uma das áreas de pesquisa mais importantes é a identificação e caracterização dos fungos fitopatogênicos, permitindo que os agricultores verifiquem com precisão as doenças em suas plantas e tomem as medidas apropriadas de controle.
“As pesquisas também trabalham para desenvolver variedades de plantas resistentes a doenças, utilizando técnicas de melhoramento genético para introduzir genes mais tolerantes em plantas cultivadas”, informa.
Outras áreas de pesquisa incluem o desenvolvimento de novos fungicidas e biofungicidas, bem como a otimização de técnicas de manejo integrado de pragas e doenças, segundo Erich. “À medida que as pesquisas avançam, os agricultores podem se beneficiar de tecnologias e abordagens mais eficazes para prevenir e controlar doenças causadas por fungos fitopatogênicos e proteger mais sua lavoura, reduzindo perdas e aumentando a produção de alimentos”, conclui.