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Monitor de Secas aponta abrandamento do fenômeno na região Sul em sua última atualização

Monitor de Secas aponta abrandamento do fenômeno na região Sul em sua última atualização

Seca fraca voltou a ser registrada no Paraná em junho pela primeira vez desde fevereiro. No Rio Grande do Sul o fenômeno ficou mais brando com a redução da área com seca moderada no estado. Severidade da seca se manteve estável em Santa Catarina

Entre maio e junho, a seca teve um abrandamento no Rio Grande do Sul com a redução da área com seca moderada de 56% para 49% do território gaúcho, conforme a última atualização do Monitor de Secas. Em Santa Catarina a severidade do fenômeno se manteve estável, já que o estado registrou somente seca fraca nesses dois meses. Já no Paraná o fenômeno voltou a ser registrado, pela primeira vez desde fevereiro, com o retorno da seca fraca em 5% do estado. Para a região Sul como um todo, a melhora nas condições do Rio Grande do Sul se refletiu na diminuição da seca moderada na região, indicando o abrandamento do fenômeno em termos regionais nesse período.

Para a região Sul como um todo, a melhora nas condições do Rio Grande do Sul se refletiu na diminuição da seca moderada na região, indicando o abrandamento do fenômeno em termos regionais nesse período.

Na comparação entre os dois meses, em termos de área com seca, Santa Catarina teve o avanço do fenômeno de 32% para 34% de seu território. O Paraná teve o retorno do fenômeno em 5% de sua área. Já o Rio Grande do Sul se manteve com seca em 100% de seu território entre maio e junho. A seguir estão os destaques por estado.

Cenário nacional

Entre maio e junho, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em três estados, conforme a última atualização do Monitor de Secas: Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Em outros três estados, a seca ficou mais intensa no período: Bahia, Pará e Tocantins. A seca ficou estável em termos de severidade em 17 unidades da Federação: Acre, Alagoas, Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe. O Ceará foi o único estado monitorado que seguiu livre do fenômeno, que voltou a ser registrado no Paraná.

Na comparação entre maio e junho, oito estados tiveram uma diminuição da área com seca: Alagoas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rondônia, São Paulo e Sergipe. Em outros nove estados houve aumento da área com o fenômeno: Acre, Amazonas, Bahia, Maranhão, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Tocantins. As áreas com seca se mantiveram estáveis em maio em seis unidades da Federação: Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Nesse período o fenômeno não aconteceu no Ceará e voltou a ser registrado no Paraná.


As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE

Duas unidades da Federação registraram seca em 100% do território em maio: Distrito Federal e Rio Grande do Sul; sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação os percentuais variaram de 0% a 87%.

As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE

Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de junho, seguido por Mato Grosso, Pará, Bahia e Minas Gerais. No total, entre maio e junho, a área com o fenômeno aumentou de 3,61 milhões de quilômetros quadrados para 4,5 milhões de km², o equivalente a 53% do território brasileiro.

As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE

O Monitor de Secas

O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.

Coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), o Monitor de Secas é desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. As instituições que atuam no Monitor de Secas em seus respectivos estados no Sul são as seguintes:

  • PARANÁ: Instituto Água e Terra (IAT) e o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (SIMEPAR);
  • RIO GRANDE DO SUL: Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (SEMA);
  • SANTA CATARINA: Secretaria Executiva do Meio Ambiente (SEMA) da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE).

O Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste mais o Distrito Federal, além do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins. O processo de expansão continuará em 2023 até alcançar todas as 27 unidades da Federação, com a inclusão do Amapá e Roraima ainda neste ano.

O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 24 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido.

A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.

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