Em mais um semana agitada, com dólar oscilando junto a bolsa de Chicago, bem como pelo aumento da expectativa com relação ao relatório trimestral de estoques da USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Este, por sua vez deve ser publicado até o dia 30/06/2020, mas já movimentou o mercado, principalmente das Traders, os quais realizaram durante toda a semana revisão e ajustes no estoque nacional, ante ao levantamento da área plantada.
Falando em levantamento de dados, segundo Reuters, as importações chinesas de soja do Brasil alcançaram no mês de maio, o percentual mais elevado em dois anos. Sendo que a China comprou em maio de 2020, o total de 8,86 milhões de toneladas de soja, o maior volume desde maio de 2018 e 41% a mais do que as 6,3 milhões de toneladas vistas no mesmo período de 2019, mostraram dados da Administração Geral das Alfândegas. Ainda averiguou-se que as importações do produto do Brasil também cresceram 49% na comparação com abril. Já as compras de soja americano pela China, caíram 50% comparado com maio de 2020.
Clima traz otimismo para lavouras de trigo no Brasil
Outra notícia positiva da semana, faz menção a recuperação do setor produtivo de frangos, o qual deverá demandar aproximadamente 25 milhões de toneladas de milho e 6,5 a 7 milhões de toneladas de farelo de soja.
Com relação a nuvem de gafanhotos, a qual assombrou o setor agrícola durante a semana, após causar prejuízo em países vizinhos: Segundo o MAPA, até o momento estão mantidas as previsões sobre a rota da nuvem de gafanhotos, que não entrou em território brasileiro. De acordo com os dados meteorológicos para a Região Sul do Brasil, previstos para os próximos dias, é pouco provável – até o presente momento – que a nuvem avance em território nacional.
Enfim, frente a esses e demais fatos, principalmente aos impactos atuais e pós Covid-19, podemos mensurar os impactos destes, como os exemplos da variação dos preços das commodities junto a região, principalmente da soja, a qual conforme Gráfico 01, sofreu altos e baixas essa semana, trabalhando entre R$ 98,00 à R$ 103,00. Tornando mais instável e complexo, a função de comercialização e de gestão como um todo. Logo faz-se necessário que os produtores, busquem cercear-se cada vez mais de informação, pois precisamos tomar consciência plena de que tanto o cenário que se apresenta em uma lente como negativo e em outra como positivo, tudo está sendo muito transitório, ou seja: “Isso também vai passar!”
E o que esperar dos próximos dias? A melhor resposta, certamente é a melhor pergunta: DEPENDE!
Graduada em Administração pela UNICRUZ, Mestre em Administração pela UFSM, Doutoranda em Agronegócio pela UFRGS e Professora do Instituto Federal Farroupilha Campus Júlio de Castilhos.