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Variação dos preços de commodities na região durante a última semana

Variação dos preços de commodities na região durante a última semana

Variação dos preços de commodities na região durante a última semana

Na semana de  27/04/2020 à 01/05/2020 (lembrando que dia 01/05/2020 foi feriado – Dia do trabalhador) o mercado das commodities agrícolas, manifestou-se de forma discreta, respondendo às oscilações da bolsa de Chicago.  Que por sua vez, segue sendo influenciada pela pandemia do Covid-19, no que se refere as especulações quanto a capacidades adaptativas dos países em enfrentar a pandemia,  escolher as estratégias de enfrentamento e projeções de  ações que serão adotadas  pós Coronavírus, no que se refere as fatores de produção, oferta/demanda de alimentos, manutenção da economia, oferta de emprego, entre outros.

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Neste sentido, com relação a commoditie milho, durante toda a  semana, observou-se que os valores pagos pela saca mantiveram-se os mesmos da semana anterior. Desta forma, o Quadro 01 faz menção a média dos preços pagos pelas sacas.

Quanto ao preço pago pela commoditie Trigo, a mesma também se apresentou muito similar com o da semana anterior. Apresentando sensível alteração positiva, após o anúncio do governo da Argentina, sobre possíveis não participações dela em novos acordos do Mercosul e alianças com ademais países.

Desta forma, o Quadro 02 apresenta as médias da semana paga pela saca de Trigo na região.

A Commoditie soja foi a que mais apresentou oscilações, tanto que a mesma iniciou a semana com preços altos, os quais se mantiveram até a terça-feira (28/09/2020). Na quarta com abertura da Bolsa de Chicago mais estável e o Dólar com pequena queda, fruto da ausência de novas projeções de compras da China de grãos americanos. Tal ausência de negociação, abalou as expectativas da USDA, da venda de aproximadamente 606 mil toneladas de grão dos EUA para China. Empurrando as cotações para patamares mais baixos.

O cenário se manteve na quinta-feira, com a divulgada de dados, que relataram uma queda de quase 48% na produção de etanol nos EUA e com a determinação da suspensão das atividades junto às indústrias processadoras de farelo de soja e frigoríficos (motivadas pelo Covid-19). Bem como a continuidade do silêncio da China com relação a novas compras americanas, refletiu no Brasil com manutenção dos preços pagos pela saca de soja e em alguns casos pontual leve queda no preço.

Outro ponto crucial para os produtores de grão, o qual também foi pauta de grandes discussões essa semana, refere-se a compra dos insumos agrícolas para o próximo ciclo produtivo, frente às altas do dólar.

Observa-se que muito produtores, com receio dos altos custos de produção, o qual se projeta, já negociaram e adquiriam insumos para o próximo ciclo produtivo.

Desta forma, especialistas sugerem que os produtores busquem informações e deem início ao processo de negociação de compra junto a cooperativas/empresas os quais prestam tal serviço, a fim de buscar possibilidades de redução dos custos (lembrando da grande importância em ter como base os valores pagos no anterior, cotações do dólar, afim de ter um indicador para basilar a tomada de decisão)  frente  às projeções atuais (preço do dólar).

Porém, é valido alertar para a constante necessidade de alinhar tal prática conforme o atual contexto (financeiro e necessidade agronômica) de sua propriedade.

 

Ana Paula Alf Lima Ferreira

Graduada em Administração pela UNICRUZ, Mestre em Administração pela UFSM, Doutoranda em Agronegócio pela UFRGS e Professora do Instituto Federal Farroupilha Campus Júlio de Castilhos.

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