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As mulheres do agro

As mulheres do agro

As mulheres já são do agro e há muito tempo. Quer ver? Pode até ser que esse universo do agronegócio ainda seja predominantemente um ambiente masculino, mas esse cenário vem mudando a cada ano. E não é a toa, e nem sem porque. A mulher do campo, do agro e da lida, tomou gosto pela profissão. Buscou capacitação, conhecimento, seu lugar no mercado de trabalho e conquistou também seu espaço na liderança das propriedades familiares. E para comprovar e celebrar isso, entrevistamos duas mulheres, dentre tantas, que são referência em nossa região para afirmarmos as conquistas do dia 8 de março, confira:

Fernanda Viacelli Falcão – Gerente Técnica – Sementes Falcão

Exemplo e admiração. “Desde muito pequena acompanhava meu pai nas idas e vindas da fazenda. À medida que o tempo passava percebia que a agricultura, pelo seu dinamismo, pela sua diversidade e pela sua complexidade me fizesse ter a certeza de que o campo era meu lugar. Me formei em 2006 em Agronomia pela Universidade de Passo Fundo, e desde então trabalho na Sementes Falcão, empresa familiar que está na terceira geração”.

Como você avalia o futuro do agronegócio e o papel da mulher neste contexto?

Existe uma nova estrutura agropecuária sendo formada, engajada em inovação tecnológica, segurança alimentar, conectividade e desenvolvimento sustentável, onde o campo estará cada vez mais conectado ao consumidor final. E para tudo isso, a gestão, em seu mais amplo aspecto, será cada vez mais necessária. Um novo empresário rural, conhecedor de toda cadeia e com novas soluções tecnológicas se faz necessário. Neste contexto, o papel da mulher é fundamental. Ela já faz parte do agro e se tornará cada vez mais essencial nos negócios. Uma em cada quarto mulheres do agro tem formação superior, contra um em cada cinco homens (ABMRA). Essa profissionalização faz parte do dia a dia da mulher que busca ao máximo a excelência nas atividades que realiza, trazendo rentabilidade e sustentabilidade ao agro.

Qual mensagem de incentivo você deixaria para as nossas leitoras?

Tem duas palavras que carrego sempre comigo: determinação e humildade. Considero isso fundamental para se obter resultados, seja qual for a área ou atividade exercida. É muito importante que nós, como mulheres, tenhamos a certeza da nossa capacidade e que não há nada que não possamos fazer, mas para isso é necessário à busca constante pelo conhecimento, o profissionalismo, estar conectada com pessoas e profissionais capacitados, pois sempre temos a aprender. Superar os desafios que sempre surgem com coragem e acima de tudo ter paixão pelo negócio.

Ana Lucia Costa BeberDiretora Financeira – Sementes Costa Beber

Capacitação e profissionalismo. “Optei pela graduação em Direito, naquele momento, na minha família, a atuação da mulher na agricultura não era natural, tampouco incentivada, mas havia um desejo de experimentar o mundo agrícola como profissão”.

Qual foi o fio condutor que fez você busca a capacitação e trabalhar com a agricultura?

Venho de uma família que trabalha na atividade agrícola, portanto sempre tive essa convivência com o meio. Entendi que não poderia seguir minha vida profissional sem saber o que isso realmente significava. E foi então que comecei a trabalhar na Fazenda, nas atividades administrativas, juntamente com meu pai e meus dois irmãos. Como a minha formação era distinta da área acabei buscando ajuda e conhecimento com outros profissionais que já atuavam na área e que me ajudaram muito a construir essa trajetória. Em 2017 conclui a graduação em administração e estou sempre em treinamento para atender as necessidades da empresa.

Como você avalia o futuro do agronegócio e o papel da mulher neste contexto?

O agronegócio é sem dúvida a alavanca da economia do nosso país e as produções crescendo a cada ano. Vejo esse momento como uma fase de bastante desenvolvimento do setor em todos os seus segmentos, inclusive na divulgação de uma imagem mais positiva. Acredito que, além do aumento de consumo, a tendência mundial de busca por segurança e origem alimentar e o desenvolvimento tecnológico de meios de produção, comunicação, informação e em especial as biotecnologias nas plantas, traz uma necessidade maior de conhecimento e capacitação na área. Quanto ao papel feminino, percebo um movimento muito grande de incentivo às mulheres para atuar no meio agrícola e o movimento cultural vem acontecendo. Acredito que essa transição do modelo de produção e gestão é uma grande oportunidade para as mulheres que desejam trabalhar nessa área.

Qual mensagem de incentivo você deixaria para as nossas leitoras?

Acho que o maior incentivo para se fazer qualquer coisa está na paixão e no reconhecimento daquilo que é importante para cada um, independentemente de ser homem ou mulher, porque nem sempre vai ser fácil, e quando ficar difícil, são essas duas coisas que podem nos fazer persistir. Cito essa frase que acho fantástica, como incentivo às mulheres que sentem o coração pulsar pelo agro, para que sim, persistam e busquem seu espaço, sua realização e seu reconhecimento: “Quando algo é importante o suficiente, você realiza… Mesmo que as chances não estejam ao seu favor”. Elon Musk, CEO da Tesla.

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