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Ações no curto prazo para amenizar efeitos da estiagem

Ações no curto prazo para amenizar efeitos da estiagem

Ações estão sendo recomendadas pela Emater/RS-Ascar para amenizar os efeitos da estiagem. Além da já esperada queda na produção de pasto, por conta do vazio forrageiro, o produtor de leite tem agora de enfrentar a escassez de silagem, devido à estiagem que prejudicou as lavouras de milho. Aliás, os dois problemas somados têm gerado preocupação no segmento produtivo que gera renda para aproximadas 51 mil famílias no Rio Grande do Sul.

A saber, a estiagem segundo estimativa da Emater/RS-Ascar, retirou 114,3 milhões de litros da produção estadual de leite, no período de dezembro do ano passado a março deste ano. Além disso, a diminuição na produção resulta em menos R$ 137 milhões de reais na renda dos produtores, o que significa dizer que, durante três meses, cada família deixou de receber uma renda aproximada de R$ 2.700,00.

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Todavia, há recomendações aos produtores para amenizar a situação. Dentre elas, o ajuste no rebanho e ajuste na alimentação dos animais, duas ações que podem ser adotadas imediatamente, no curto prazo.

Ajustes

Para ajustar o rebanho, o extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Oldemar Weiller, sugere as seguintes medidas:
– descarte: sabendo que na propriedade há diferentes categorias de animais, competindo o tempo todo por espaço e comida, no momento atual o descarte de machos, mestiços e animais com limitada produção é uma alternativa a ser considerada; neste período, recomenda-se preservar somente os animais imprescindíveis para a manutenção do sistema de produção de leite: vacas jovens, novilhas prenhas, terneiras de boa qualidade e animais no terço final de gestação; outra recomendação, secar as vacas prenhas e com lactação avançada, para que se consiga reduzir seu consumo de alimentos, em benefício de animais recém paridos, que necessitam de mais alimento e que darão melhor resposta à produção;
– avaliação da disponibilidade de volumoso na propriedade (silagem, cana de açúcar, capins, pastagens perenes, fenos e palhas);
– prioridade a vacas em início de lactação no acesso ao concentrado (alimentos energéticos ou proteicos);
– não desperdiçar concentrado.

Ajuste alimentar

O ajuste na alimentação, de acordo com Weiller, pode ser feito da seguinte maneira:
– planejamento forrageiro: estimar o tempo necessário para se iniciar a utilizar as culturas de inverno e dimensionar a quantidade de matéria seca que será possível incrementar;
– aquisição de alimentos volumosos: avalizar a qualidade do produto e a viabilidade econômica da sua utilização;
– forrageiras de inverno: para diminuir o uso de concentrado e aumentar a produção de leite, forrageiras como a aveia e azevém prolongam o período de uso, podendo ser superior a seis meses, pois a aveia concentra sua produção no outono-inverno e o azevém, no inverno-primavera;
– semeadura: o momento certo de semear as forrageiras é a partir de março, em casos extremos em junho, pois umidade e baixa temperatura no solo irão reduzir o crescimento das plantas e atrasar a refeição das vacas;
– ponto de entrada e saída dos animais dos piquetes: para garantir o rebrote da pastagem, os animais devem ingressar nos piquetes quando as gramíneas anuais de inverno estiverem a uma altura aproximada de 30 centímetros; quando as gramíneas forem reduzidas a uma altura mínima de sete centímetros, é hora de retirar os animais.

 

*As informações foram cedidas pela Emater/RS-Ascar.

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