Aftosa – Vacinação no RS
Com um balanço positivo da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural frente à vacinação da aftosa nos últimos anos, a probabilidade da retirada da mesma cresce cada dia mais. De acordo com levantamentos, o impacto para a indústria de vacinas será de aproximadamente R$350 milhões. Para o RS, que iniciou o processo já neste mês, a economia será de R$ 214 milhões ao ano aos produtores. A retirada deve acontecer até o mês de maio de 2021.
Conforme o balanço, o valor refere a gastos com custos das doses, logística de distribuição, mão-de-obra e a perda de peso dos animais por reação à vacina. Dito isso, reforça-se que a expectativa também é abrir novos mercados. Inegavelmente, o RS é é o quinto maior Valor da Produção Pecuária do país e o quarto em volume de receita, com R$ 19,7 bilhões, alcançando, com a atividade pecuária, 33% do VPB.
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Contudo, a retirada da vacina também traz outras oportunidades, dentre elas, a evolução de status. Portanto bovinos, aves e suínos terão possibilidade de outros tipos de corte, uma vez que hoje a exportação gaúcha trata somente da carne desossada. Surpreendentemente, as oportunidades podem chegar a 70%.
Similarmente, pode acontecer ainda um investimento de R$ 13 bilhões em novas plantas frigoríficas no Estado assim que a retirada da vacina se concretizar.
A secretaria passa, no momento, pelas etapas finais de adequação aos 18 apontamentos levantados pela auditoria realizada pelo Ministério da Agricultura no ano passado, para avaliar as condições do Rio Grande do Sul para a retirada da vacinação.
“Já cumprimos 12 desses apontamentos. Agora estamos trabalhando na contratação de 150 auxiliares administrativos para ampliar o quadro de pessoal e liberar os fiscais para a fiscalização. Também está em condução a aquisição de 100 veículos, sendo 72 deles pelo Estado e 28 pelo governo federal”, enumerou o secretário Covatti Filho.
Uma nova auditoria deve ser realizada em agosto deste ano, para confirmar a retirada da vacinação ou levantar novos pontos de adequação.
Na última etapa de vacinação, antecipada para março, 97,06% do rebanho gaúcho foi imunizado. Caso o Rio Grande do Sul consiga a evolução do status sanitário, esta será a última campanha de vacinação no estado.
*Com informações do Agrolink.