Indicado para superfícies, produto também se mostra eficiente no combate à doença, que ataca os cascos dos animais
Conhecida como flegmão, foot hot ou frieira, a pododermatite é provocada por bactérias, como Fusobacterium necrophorus e Dichelobacter nodosus, que invadem uma lesão inicial ou microlesão.
“Essa condição é uma enfermidade infecciosa que se caracteriza pela inflamação da área interdigital, região localizada entre a pele e o casco, resultando em claudicação (dificuldade de locomoção) e lesões de natureza necrótica purulenta – ou seja, feridas que se tornaram necrose e com produção de pus. Seu avanço pode afetar as articulações. Portanto, ela tem de ser cuidada rapidamente”, explica o médico-veterinário da Pearson Saúde Animal, Thales Vechiato.
A instalação de pedilúvios com Creolina é um processo simples e se mostra fundamental para combater as bactérias, relata comunicado técnico (CT) da Embrapa.
“A Creolina® foi testada como alternativa terapêutica e apresentou resultados significativos no tratamento das pododermatites. Os animais tiveram as patas mergulhadas durante uma hora, de forma diária, durante três dias, na solução com concentrações de 1% a 2%, em recipiente de cimento”.
Apesar do sucesso da amostragem, é importante salientar que a Creolina® é um desinfetante e germicida indicado para uso único e exclusivo em instalações e ambientes rurais, como granjas, aviários, pocilgas, estábulos, haras, cocheiras, canis e galpões, assim como no preparo do campo operatório – em pequenas e grandes intervenções cirúrgicas.
“O uso de pedilúvio com substâncias antissépticas é recomendado, especialmente quando há presença de animais afetados. É essencial isolar os animais doentes em áreas livres de umidade e administrar tratamento para prevenir a propagação da doença no rebanho. Idealmente, a intervenção deve ser realizada no estágio inicial da enfermidade para evitar a persistência das lesões. Se a produção for realizada de maneira extensiva, é aconselhável realizar o casqueamento semestral, preferencialmente no início ou no término da estação seca, como medida preventiva”, aconselha o médico-veterinário.
“Há a necessidade de o tratamento ser feito em ambientes secos, visto que o clima úmido favorece a presença de bactérias e o solo pode se tornar macio e propenso a reter mais umidade. Isso, por sua vez, amolece os cascos dos animais, tornando-os mais suscetíveis a lesões e fissuras, sendo portas de entrada para as bactérias. Por ser multifatorial, a prevenção da pododermatite não é simples, mas os cuidados citados contribuem para o bem-estar animal em caso de infecção”, finaliza o especialista da Pearson.