O RS é agora reconhecido pelo Ministério da Agricultura como sendo uma zona livre de vacinação contra a febre aftosa. A assinatura da Instrução Normativa 52 foi feita pela Ministra Tereza Cristina na última terça-feira, 11. De acordo com a IN, a mudança entra em vigor a partir do dia 1º de setembro. Dito isso, precisa-se reforçar que o Estado cumpriu os 18 requisitos previstos no Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA). Eles foram avaliados pelo Mapa em auditoria na semana anterior.
Inegavelmente, a secretaria da Agricultura gaúcha comemorou a notícia, por meio do Secretário Covatti Filho. O status era uma reivindicação antiga do setor.
“Isso possibilita que a agropecuária gaúcha acesse novos mercados através da proteína produzida em nosso estado. Com a retirada da vacina, o Estado poderá alcançar 70% dos mercados mundiais disponíveis”, destacou o Secretário.
Sendo assim, 2020 é o último ano com vacinação no RS. Agora, o próximo passo é que a Secretaria comunique a mudança para a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Principalmente porque esta é quem concede a certificação da evolução do status sanitário. Agora, a expectativa é para a chegada do certificado, que deve acontecer em maio de 2021.
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Aliás, não só o Rio Grande do Sul recebeu este reconhecimento. Os Estados do Acre, Paraná, Rondônia e regiões do Amazonas e de Mato Grosso, que são pertencentes ao grupo 1 do plano.
A IN regulamenta que o ingresso de animais e produtos de risco para a febre aftosa no estado de Santa Catarina, com origem nas áreas consideradas livres de vacinação, devem observar as diretrizes definidas para origem em zona livre da doença com vacinação, até seu reconhecimento pela OIE como zonas livres de aftosa sem vacinação.
Oportunidades a vista
Com a evolução de status sanitário o RS passa a ter possibilidade de acessar novos mercados, aqueles mais exigentes em relação a aftosa. Entre eles estão Japão, Coreia do Sul, México, Estados Unidos, Chile, Filipinas e Canadá. A China também pode abrir novas oportunidades já que hoje importa apenas carne sem osso.
São 12,4 milhões de bovinos, 802,7 milhões de aves e 9,7 milhões de suínos que vão evoluir de status junto. No setor dos suínos, a expectativa é de que haja um incremento nas exportações na ordem de R$ 600 milhões anuais.
Com a retirada da vacina as medidas de proteção caso apareça um caso devem ser redobradas. “Quem ganha é o produtor mas nossa responsabilidade aumenta três vezes mais com a defesa agropecuária e isso agora é prioridade”, destaca Covatti.
*Com informações do Agrolink