POR ASSESSORIA
Com apoio da Nestlé, Embrapa e Neo Ventures abrem as inscrições para desafio aberto às startups do agronegócio, voltado ao impacto ambiental na pecuária leiteira
São Paulo, abril de 2022 — Estão abertas as inscrições para o desafio de inovação aberta Silo Hub, em que Nestlé, Embrapa e Neo Ventures lançam o desafio voltado a startups do agronegócio. O Silo Hub é uma iniciativa criada pela Embrapa e Neo Ventures e tem como objetivo principal solucionar desafios do agronegócio propostos por empresas por meio da inovação aberta. As inscrições para o desafio Nestlé vão até 15 de maio e o edital pode ser conferido aqui.
Essa é mais uma etapa de um amplo projeto em parceria com a Embrapa para a descarbonização da cadeia leiteira, em curso desde 2021, em que se pretende chegar às primeiras propriedades produtoras de leite net zero no País até 2025.
“Essa etapa, que acontece em paralelo ao trabalho de campo, reflete o reconhecimento e o apoio da Nestlé pela inovação aberta como parte importante das soluções conjuntas contra os impactos climáticos das emissões de gases de efeito estufa”, diz Barbara Sollero, gerente de Milk Sourcing da Nestlé Brasil.
“Selecionamos um desafio que tem como foco um dos grandes temas do campo, retratando o que certamente seriam boas soluções ou bons caminhos para tratar questões como novas tecnologias que considerem as realidades de pequenos produtores na questão do impacto ambiental”.
Desafio Nestlé
No desafio proposto pela Nestlé, o tema é “Como implementar um sistema eficiente e economicamente viável para biodigestão de dejetos animais e produção de biogás em pequenas fazendas?”. Ao considerar o impacto ambiental da pecuária durante o manejo da produção, a geração de dejetos é um entre os três maiores contribuintes na emissão de Gases do Efeito Estufa (GEE).
Nesse contexto, o desafio busca formas de transformar tais objetos em algo de valor para os pequenos produtores, reduzindo a emissão e a pegada de carbono da produção de leite. É importante que seja um sistema eficiente e economicamente viável para a biodigestão de dejetos e produção de biogás e a sua utilização. Espera-se uma solução escalável e capaz de difundir sua utilização entre os produtores, impactando positivamente na conta final da emissão de GEE na produção leiteira, atuando de forma eficiente na geração de energia limpa, sem tornar o processo oneroso.
Jornada de inovação Net Zero
A cadeia do leite é uma das mais relevantes para a Nestlé, com mais de 1,5 mil produtores pelo País, e a Companhia tem uma jornada de descarbonização na pecuária que vem desde o ano passado. A parceria com a Embrapa contempla pesquisa e desenvolvimento das primeiras fazendas de produção de leite Net Zero e baixo carbono no país. O escopo abrange um trabalho de diagnóstico em campo, feito com a consultoria Way Carbon em 20 fazendas selecionadas por terem diferentes perfis e sistemas de produção e finalizado em março deste ano, bem como suporte técnico e recomendações para iniciarem a jornada de conversão e redução de carbono. Dentre as recomendações, estão ações como a separação de dejetos sólidos, os sistemas de digestão anaeróbica e captura de metano, a otimização da utilização de esterco, a compostagem dos dejetos e substituição de fertilizantes, o planejamento de fertilização de cultivo e pastagem, entre outros. A expectativa é que pelo menos oito delas sejam Net Zero para emissões até 2025, enquanto as demais alcançarão a redução nas emissões. Essa iniciativa é desenvolvida de forma paralela à primeira parceria fechada com a Embrapa, em fevereiro do ano passado, para a criação do protocolo nacional para pecuária de leite de baixo carbono.
Compromisso global
A iniciativa integra o compromisso global da Nestlé de neutralizar todas as emissões de suas operações, incluindo suas cadeias de fornecimento, até 2050, com metas intermediárias de redução de 20% até 2025 e de 50% para 2030. A Nestlé desenvolve um grande trabalho dentro do seu pilar de agricultura e pecuária sustentáveis, que a companhia conduz em todos os países em que atua e em suas principais cadeias de fornecimento, com um olhar para questões como o bem-estar animal, emissões e mudanças climáticas e uso de água e energia nas propriedades.