Número mais que dobrou entre 2020 e 2021, chegando a mais de 61 mil sistemas instalados. Eles geram energia solar para várias finalidades como o funcionamento de equipamentos de resfriamento na irrigação, secagem de culturas, viveiros ou bebedouros de animais até energia em pontos distantes da rede elétrica.
Um dos setores mais importantes da economia nacional, o agronegócio foi responsável por 27,4% do PIB brasileiro em 2021, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Para manter o ritmo de crescimento, são considerados relevantes fatores como a busca por processos e tecnologias que garantam o avanço na produção, e que ofereçam ainda redução de custos e promovam a sustentabilidade.
Com isso, o investimento em fontes alternativas de energia, e o uso de energia solar fotovoltaica têm crescido no segmento, em especial pelo impacto financeiro: utilizar a energia solar no agronegócio gera benefícios em cadeia, com economia na produção e baixa no preço para o consumidor final.
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), muitos brasileiros já atentaram para a importância da energia solar no setor. Em 2020, por exemplo, a agropecuária era o terceiro setor que mais utilizava energia solar fotovoltaica no Brasil, com mais de 29 mil sistemas instalados no campo. No ano passado, o número saltou para 61 mil.
“O uso da energia solar é mais comum em residências e empresas, mas aparece de diversas maneiras no agronegócio: utilização de equipamentos para refrigeração, irrigação, secagem de culturas, viveiros em estufas ou bebedouros de animais. Uma outra opção muito importante, é quando leva energia a pontos da propriedade que ficam distantes da rede elétrica”, explica o consultor da NeoSolar, Alex Zuboski.
Segundo Zuboski, equipamentos como controladores de carga, inversores e baterias encarecem a implantação, mas no longo prazo, o custo-benefício vale à pena em comparação com os sistemas tradicionais de fornecimento de energia.
“Além da eficiência dos sistemas, a economia nas contas de luz é a principal vantagem oferecida ao produtor rural, que conta ainda com uma menor exigência de manutenção se comparada a outras fontes de energia”, acrescenta.
Modalidades de sistemas e componentes
No agro, podem ser utilizados os sistemas On Grid, que funcionam ligados à rede elétrica, e Off Grid, caracterizados por não necessitarem de conexão à rede elétrica e abastecerem diretamente os aparelhos que utilizam a energia.
Outra opção muito utilizada pelo setor do agronegócio são as bombas solares. Diferentemente das convencionais, ligadas à rede elétrica, esses componentes não necessitam de acesso à rede e são capazes de proporcionar economia significativa e ótimo custo-benefício, sendo alimentadas por um painel fotovoltaico, que mantém a bomba de água com energia elétrica em corrente contínua.
“Hoje, as bombas solares têm sido utilizadas por todo o país, em maior número nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. O Brasil, pela extensão e quantidade de áreas produtivas e sem acesso à rede elétrica, tem um mercado amplo para disseminação do uso das bombas solares”, finaliza Alex Zuboski, especialista em bombas solares da NeoSolar.