Reforma Tributária: impactos e oportunidades para o agronegócio

Reforma Tributária: impactos e oportunidades para o agronegócio

Como a unificação de impostos pode transformar custos, créditos e competitividade no setor agropecuário

A Reforma Tributária é um tema complexo, mas de extrema relevância para o setor agropecuário. No Brasil, a cobrança de impostos sobre consumo é feita atualmente por meio de diversos tributos, como ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins, cada um com regras próprias. Esse cenário gera burocracia, altos custos e insegurança jurídica para empresas e produtores rurais. A reforma busca simplificar esse modelo por meio da criação de um Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) dual, dividido em duas frentes: a CBS – federal, e o IBS – estadual e municipal.

Entre os principais objetivos da reforma estão a simplificação tributária, a transparência e a justiça fiscal. O novo modelo deixa claro quanto de imposto é pago em cada transação, evitando o chamado “imposto escondido” e tornando o valor destinado ao fisco visível nos documentos fiscais. Ela também pretende extinguir a chamada “guerra fiscal”, transferindo a arrecadação para o local de consumo e criando mecanismos de cashback para famílias de baixa renda. Além disso, busca reduzir custos das empresas, tornar o Brasil mais atrativo para investimentos estrangeiros e incentivar a sustentabilidade fiscal e social por meio do Imposto Seletivo – aplicado a produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente.

No agronegócio, os impactos são significativos. Um dos principais pontos é a implementação do crédito amplo, permitindo que produtores abatam impostos pagos em insumos – como sementes, fertilizantes, defensivos agrícolas, rações e medicamentos – do valor devido na venda final. A Lei Complementar nº 214/2025 prevê ainda uma redução de 60% nas alíquotas de CBS e IBS sobre insumos agropecuários e aquícolas, além de diferimento ou alíquota zero para implementos agrícolas em alguns casos. Contudo, insumos sujeitos ao imposto seletivo, como defensivos ou combustíveis, podem ter custos mais elevados.

A transição exigirá atenção especial dos produtores e empresas. Entre os desafios estão a perda de incentivos fiscais, adaptação de sistemas e compliance e os impactos do imposto seletivo. Por outro lado, os benefícios incluem a redução do efeito cascata de impostos, a possibilidade de restituição mais rápida de créditos e a simplificação da apuração tributária por meio de portais automatizados.

Recomendamos que vocês, produtores e empresários, se preparem para a transição. É fundamental que busquem conhecimento técnico, ajustem seus sistemas de emissão de notas fiscais e atuem junto às organizações de classe. Acreditamos que os próximos anos serão de muito estudo, planejamento e adaptação. No entanto, estamos confiantes de que, com a reforma totalmente implementada em 2033, o agronegócio poderá se beneficiar de uma tributação mais simples, transparente e justa, o que fortalecerá a competitividade de todo o setor.

Para mais informações sobre como se preparar para a reforma tributária e otimizar a gestão fiscal no agronegócio, entre em contato:

(55) 99623 0640

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