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Sucessão familiar: de pai para filho, quando começar?

Sucessão familiar: de pai para filho, quando começar?

O tema sucessão familiar tem sido ouvido cada vez mais no meio rural, e isto em decorrência das dificuldades encontradas pelos pais em fazer a transferência do negócio a seus filhos, ou dos filhos em se inserir no negócio da família, onde normalmente não conseguem encontrar espaço e em virtude do conflito de gerações, acabam por buscar um lugar de trabalho em outros setores.

Outro equívoco encontrado no debate do tema é relacionar essa como sendo sinônimo de morte, e não é incomum quando os filhos tocam no assunto em reunião familiar, encontrarem a repulsa por parte dos pais que dizem “já querem meus bens antes mesmo de eu morrer?” e o assunto termina antes de começar. Nesse momento é imprescindível a mediação de uma consultoria especializada para que se possa dar a exata compreensão sobre o tema, em especial no fato de que a sucessão neste tópico é sinônimo de liderança, não de morte, o bastão precisa ser passado enquanto há compreensão e todos estejam juntos, trabalhando para que o negócio rural possa permanecer forte e continuar crescendo.

Todo pai líder sonha na continuidade da empresa rural da família, que os filhos permaneçam trabalhando juntos e que o negócio cresça e seja perene. Então os filhos, futuros líderes, precisam ser preparados e a passagem do bastão precisa ser treinada exatamente como o fazem diariamente os grandes atletas. Organizar, planejar, definir funções e remuneração dos participantes são apenas algumas das etapas necessárias a uma boa sucessão de liderança, de forma que quando chegar o momento da aposentadoria do líder, possa se ter a segurança de que o negócio terá continuidade e este sempre será ouvido com sua importante experiência, o que deixa tudo mais fácil e sonhos individuais tornam-se coletivos.

Motivar a permanência dos filhos na propriedade com trabalho e renda é um dos grandes desafios na atualidade, onde se tem constatado um envelhecimento da população rural. É importante destacar que o trabalho sucessório deve ser feito em momento de equilíbrio do negócio, não deve ser realizado muito tarde nem mesmo em momentos de crise, pois dificilmente se conseguirá bons resultados. De outro lado se pode constatar o grande diferencial das famílias que já deram o passo de organização em seus condomínios ou empresas familiares: o crescimento do negócio e a harmonia no trabalho que faz com que o dia a dia seja produtivo e a extensão de área cultivada maior a cada safra. Isto se chama PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO.

Moisés Prevedello
Rentagro Consultoria em Agronegócio

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