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AGROTEC – Soja na África: Uma visão das lavouras

AGROTEC – Soja na África: Uma visão das lavouras

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Durante o período de 21 a 25 de janeiro de 2020, os Professores Alencar Junior Zanon da Universidade Federal de Santa Maria e Mateus Possebon Bortoluzzi da Universidade de Passo Fundo visitaram propriedades rurais na África do Sul.  Apesar de a África do Sul possuir 11 tipos de climas diferentes, há uma grande similaridade entre o clima na região produtora de soja e no Sul do Brasil, principalmente por estar localizada em uma latitude semelhante.

Por causa disso, as cultivares utilizadas também apresentam Grupo de Maturidade Relativa (GMR) semelhantes aos utilizados do Rio Grande do Sul ao Paraná, variando entre 4.8 e 6.8. Por outro lado, a altitude é de aproximadamente 1500 m, o que resulta em temperaturas mais amenas. A Sclerotinia é a doença com maior ocorrência e também é favorecida por baixas temperaturas.

A grande maioria dos produtores faz apenas um cultivo por safra, principalmente pela janela de cultivo estreita, ocasionada pelo período seco no inverno e pelo frio precoce. Na atual safra a semeadura foi tardia em função do excesso hídrico, mas pode-se dizer que a época de semeadura vai desde outubro até dezembro.

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Dentre os aspectos contrastantes, destaca-se a grande variabilidade de espaçamento entre linhas de plantas. Foram visualizadas lavouras com 0,45 m, 0,90 m e também em sistema “Broadcasting” (a lanço). O principal motivo da utilização do maior espaçamento era a facilidade de utilização do maquinário já ajustado para a cultura do milho.

De maneira geral, verificou-se maior infestação de plantas daninhas e maior dificuldade de controle, também em função da ausência de palha na superfície, tendo em vista que o sistema de manejo do solo convencional é empregado na grande maioria das propriedades.

Por fim, com base em relatos sobre a produtividade obtida por alguns produtores, estima-se que existe um potencial de produtividade próximo a 100 sc/ha, porém a produtividade média fica em torno de 30 sc/ha.

A área destinada para a cultura é de aproximadamente 700.000 ha, mas varia anualmente em função do preço do milho. Todavia, percebe-se uma tendência de expansão da soja, principalmente em virtude da substituição das áreas atualmente cultivadas com milho.

Autores: Mateus Possebon Bortoluzzi; Alencar Junior Zanon (Colunistas Agrocampo)

Essa matéria faz parte da Coluna Agrotec, da Revista Agrocampo.

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