fbpx

Novas tecnologias em busca de mais rendimento e segurança na cultura do trigo

Novas tecnologias em busca de mais rendimento e segurança na cultura do trigo

O dia de campo, realizado em Luiziana (PR), reuniu a cadeia do trigo na busca pela entrega de melhores tecnologias no campo

Com a semeadura do trigo finalizada no Paraná e 87% das lavouras em boas condições, algumas regiões já contaram com a chegada das chuvas para amenizar os prognósticos de estresse hídrico nesta safra.

Por esse contexto, bem como pela maior umidade presente no início da safra quando comparada ao ano anterior, a expectativa é que o potencial produtivo das lavouras no estado seja superior em relação a 2021. Tendo em vista o andamento desta safra, bem como o planejamento das próximas, mais de 200 pessoas, dentre multiplicadores de sementes, assistentes técnicos, representantes da indústria moageira e agricultores do Paraná, São Paulo, Cerrado e Paraguai participaram do Dia de Campo Biotrigo 2022. O evento ocorreu na quinta-feira (11), em Luiziana (PR).

Tradicionalmente realizados na reta final da safra de trigo, os dias de campo representam a primeira oportunidade da cadeia tritícola observar de perto os lançamentos da Biotrigo no ano. De acordo com o gerente comercial da Biotrigo para a América Latina, Fernando Michel Wagner, é nesses eventos que a cultivar começa a ser validada, especialmente pelos multiplicadores de sementes e assistência técnica, os quais serão responsáveis por transferir essa tecnologia aos agricultores.

“Ali, se tem a oportunidade de entender como é o tipo de planta do material, a reação às doenças, potencial produtivo, podendo, é claro, comparar com o que ele tem em mãos”, aponta.

O TBIO Motriz

Um dos materiais que esteve presente nesta vitrine técnica e gerou maior expectativa aos participantes carrega a importante responsabilidade de substituir uma cultivar símbolo da evolução da cultura do trigo no Brasil. Lançamento de 2022, TBIO Motriz chega para ser o sucessor de TBIO Toruk e elevar ainda mais os patamares de produtividade da cultura, com maior facilidade de condução a campo.

“Toruk provocou uma discussão muito positiva em cima da cultura do trigo, porque ao mesmo tempo em que ele oferecia um tipo de planta inovador para a época, além de um potencial de rendimento diferenciado, ele também trazia desafios agronômicos, com a introdução da genética francesa no país, que fizeram com que a assistência técnica tivesse que se dedicar ainda mais para tirar o que a cultivar tinha de melhor”, conta Fernando.

Oito anos depois do lançamento de Toruk, Motriz traz evoluções em diversos aspectos, incluindo a produtividade. “Além do ótimo potencial de rendimento, TBIO Motriz oferece maior segurança para brusone da espiga e mancha amarela. Em resumo, Motriz é lançado com o objetivo de render mais que Toruk, sendo mais fácil de manejar a campo, mantendo o foco do programa de melhoramento em fazer com que o produtor colha mais trigo todos os anos, sem frustrações de safra”, afirma o gerente regional norte da Biotrigo, Bruno Alves. Segundo Bruno, o ciclo médio/tardio, semelhante a TBIO Ponteiro, é outro destaque da cultivar, ainda mais no contexto agronômico do Paraná.

“Esse ciclo possibilita ao agricultor uma melhor opção para a abertura de semeadura, o que tem valor, pois se consegue aproveitar melhor a água e o nitrogênio remanescentes no sistema após a cultura da soja. Por consequência, o produtor constrói maior potencial produtivo sem correr tantos riscos abióticos, como a geada, dado o maior período vegetativo da cultivar”, destaca Bruno.

O segundo lançamento de 2022 da Biotrigo também é uma ferramenta útil no escalonamento de semeadura – principalmente para o fechamento. Com seu ciclo superprecoce, TBIO Capaz traz a característica de farinha branqueadora a um trigo com um conjunto agronômico equivalente a materiais de portfólio. “TBIO Capaz apresenta uma alta eficiência produtiva, por entregar um elevado potencial de rendimento e tipo agronômico arrojado em uma plataforma com ciclo superprecoce. É uma cultivar que é lançada com o propósito de entregar mais uma ferramenta ao produtor que busca o trigo branqueador sem abrir mão do rendimento e facilidade de manejo no campo”, comenta. Conforme Bruno, o material pode ser considerado uma evolução de TBIO Duque, tanto em potencial produtivo, quanto em seu pacote fitossanitário.

“Frente a Duque, Capaz apresenta evolução no nível de resistência a importantes doenças da cultura, como o mosaico do trigo, mancha amarela, queima da folha (Pseudomonas) e giberela”, conta. TBIO Capaz, assim como TBIO Motriz, entrará em multiplicação a partir do próximo ano.

Em busca de mais estabilidade na produção

Em um país com dimensões continentais e uma ampla diversidade climática, é comum encontrar, em safras sequentes, variações climáticas significativas. Nesse contexto, uma nova ferramenta apresentada no evento ganhará ainda mais destaque no campo. XBIO Fusão, o primeiro mix de cultivares de trigo do Brasil para a produção de grãos, consiste na mistura entre TBIO Audaz e TBIO Sagaz. Disponível já na próxima safra, Fusão traz como pilares centrais a busca por estabilidade produtiva, com qualidade destacada.

“O sucesso de uma safra depende diretamente da interação entre genótipo e ambiente. É impossível prever como será o clima da safra, então quando temos uma combinação de dois genótipos, como é o caso de XBIO Fusão, por um efeito de compensação, a possibilidade de se ter êxito é ampliada”, assinala Fernando.

Em comparação com Audaz, já consolidado no mercado sul-americano, XBIO Fusão ainda traz uma melhoria na reação ao oídio, fator que auxilia o agricultor no manejo a campo. Tão importante quanto as evoluções do mix em segurança e estabilidade de rendimento, Fusão ainda traz avanços relevantes em sua qualidade industrial. “TBIO Audaz já era reconhecido por sua qualidade na indústria. Mas, com a combinação junto a Sagaz, o produto final tem por resultado uma farinha ainda mais branca e tão forte quanto Audaz, mantendo a excelente performance de panificação”, aponta.

Evolução em rendimento

Disponível em 2023, TBIO Calibre se destaca pelo excelente potencial produtivo, o maior do portfólio dentro do ciclo superprecoce.

“É uma cultivar que vem quebrando as barreiras de produtividade desse ciclo, rendendo no mesmo nível que trigos médios ou médio/tardios”, ressalta Bruno.

Além desse fator, o material apresenta uma equilibrada resistência às principais doenças do trigo, com boa reação ao mosaico, ferrugem da folha e oídio, assim como à brusone da espiga.

Em uma proposta voltada à segregação, o evento apresentou TBIO Blanc, o qual integrará a plataforma dos Trigos Especiais, representando um importante avanço na combinação entre produtividade e qualidade. Com farinha branqueadora, Blanc oferece um elevado potencial de rendimento, com maior segurança na condução na lavoura, reforçando o projeto antes atendido por TBIO Noble.

“Ao aderir a um projeto especial, o produtor está semeando uma oportunidade, contando com a possibilidade de, além da alta liquidez, atingir preços com percentual acima do pago pelos trigos de tipo pão”, pontua Bruno.

Ainda, a cultivar, que estará disponível no próximo ano, possui uma destacada tolerância à seca.

Na estação dedicada aos trigos com tecnologia Clearfield®, novas linhagens foram apresentadas aos participantes do evento.

“O objetivo era demonstrar aos parceiros que aderiram aos trigos CL a sequência de investimentos que a Biotrigo vem fazendo com essa tecnologia, demonstrando que, em um futuro próximo, teremos ainda mais produtos disponíveis”, afirma Fernando.

Trigos largos: um novo conceito

Finalizando o evento, a última estação tecnológica apresentou duas linhagens, que representam a introdução de uma nova tecnologia na cultura do trigo para o país. Trata-se dos trigos de ciclo largo, que contam com cerca de sete a dez dias a mais de ciclo que os médio/tardios, como TBIO Ponteiro e Sinuelo. Para o diretor e melhorista da Biotrigo, André Cunha Rosa, a cobertura do solo em uma janela ainda mais antecipada traz benefícios diretos ao sistema produtivo.

“A oferta de um ciclo vegetativo mais longo contribui para uma maior estabilidade produtiva, pois os materiais, além de terem ótimos pacotes fitossanitários, garantem ainda mais segurança, sobretudo quando se trata de geadas”, avalia.

Além disso, a semeadura nesse período contribui para um melhor aproveitamento de umidade e fertilidade do solo. “Essas cultivares terão semeadura antecipada, sem impactar a implantação das culturas de verão. Não temos dúvida que o agricultor, ao cobrir o solo antes, gera um fator agronômico muito relevante, trazendo ainda mais potencial produtivo para sua lavoura”, finaliza André.

display: block

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *