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Dia Mundial da Água: como o recurso natural virou meta contra as mudanças climáticas na BASF

Dia Mundial da Água: como o recurso natural virou meta contra as mudanças climáticas na BASF
  • No último ano, a companhia aumentou o volume de água de reuso em suas operações na América do Sul em 7% em uma comparação com 2022
  • Fora das fábricas, a multinacional contribui para o uso sustentável do recurso natural a partir de soluções para diferentes setores e negócios

Informações do estudo “Plano para Aceleração: Relatório de Síntese do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6 sobre Água e Saneamento 2023”, divulgado pela ONU em agosto de 2023, após sua Conferência da Água, reforça a necessidade de uma ação rápida e propositiva para evitar um desastre com a falta de água no planeta. De acordo com o estudo, em 2030, cerca de dois bilhões de pessoas podem ficar sem água potável, três bilhões sem saneamento e 1,4 bilhão sem serviços básicos de higiene.

O aumento do estresse hídrico afeta a segurança alimentar e a biodiversidade. É com esse cenário que a BASF, gigante do setor químico, traça estratégias que asseguram padrões de consumo e produção sustentáveis e reduz sua pegada hídrica. Em toda a América do Sul, a companhia tem como meta diminuir em 35% a água captada por tonelada produzida nas fábricas até 2025. Para isso, desenvolve práticas alinhadas aos ODS 6, 9 e 12 da ONU, referentes à qualidade da água, industrialização e ao consumo sustentáveis.

O uso sustentável da água dentro da empresa tem um ciclo completo: abastecimento, uso e reuso na produção, além da devolução dela para o meio ambiente. Entre 2002 e 2023, a empresa reduziu o consumo por tonelada produzida em 60,3%, ao mesmo tempo em que aumentou o volume de produção na América do Sul em 52,4%. Além disso, a água reutilizada aumentou em 7% no último ano.

As empresas estão acostumadas, ao desenvolver seu planejamento estratégico, a considerar fatores econômicos e políticos como riscos mapeados. Patrick Silva, diretor do Complexo Químico da BASF em Guaratinguetá e responsável pelos serviços de infraestrutura da empresa, conta que os riscos decorrentes das mudanças climáticas passaram a ganhar maior proporção nas análises.

“Como indústria de base, estamos olhando para riscos como secas e enchentes extremas, falta de água e perda da biodiversidade local. Percebemos que o impacto desses aspectos em nossos negócios só tem crescido nos últimos anos”, explica.

Produção mais sustentável

Uma das iniciativas da multinacional é o programa “Demarchi+Ecoeficiente”, implementado há 13 anos no Complexo de Tintas e Vernizes de São Bernardo do Campo (SP), em parceria com a Fundação Eco+, consultoria e centro de excelência de sustentabilidade mantida pela BASF. O objetivo é mapear práticas que possam diminuir o impacto ambiental e, ao mesmo tempo aumentar a produtividade, consistentemente. Neste período, a unidade responsável pela produção de tintas decorativas Suvinil e Glasu!, de resinas e de vernizes para a linha automotiva, diminuiu o consumo de água em 35%.

Figura 1 – Resultados do programa “Demarchi+Ecoeficiente” em 13 anos de projeto. Divulgação: BASF.

Dentro das fábricas, a companhia trabalha com ações para otimizar o uso de água, como a recirculação em torres de resfriamento, o reuso e a eliminação de desperdícios. Fora das fábricas, a companhia comercializa soluções que contribuem para que outros setores e negócios possam reduzir o consumo de água.

Para o segmento de limpeza doméstica, por exemplo, há uma tecnologia para sabão lava-roupas que evita a transferência de cores entre as peças, permitindo a lavagem sem separação entre as brancas e as coloridas. Com isso, os ciclos podem ser otimizados para o uso da máquina em sua capacidade completa, economizando água e energia. Essa tecnologia permite que uma família de quatro pessoas economize cerca de 1100 litros de água em um ano, comparada com o sabão tradicional, segundo estudo da Fundação Eco+. Além disso, a substituição de polímeros sintéticos, de fonte fóssil, pelo de base vegetal (Polyquart Ecoclean) na produção de limpadores de superfície, também reduz em 60% o esgotamento dos recursos hídricos.

Na agricultura, o investimento em digitalização está permitindo que agricultores economizem um volume significativo de água usando a solução de Mapeamento Digital de Plantas Daninhas, do xarvio® Digital Farming Solutions, marca global de agricultura digital da BASF. O mapeamento feito via voo de drone na pós-emergência das culturas de soja, algodão e cana-de-açúcar, gera mapas de aplicação localizada, permitindo que o produtor faça a aplicação de herbicida apenas nas áreas em que a infestação por daninhas foi identificada. Com isso, é possível uma economia média de 61% de recursos entre água, herbicida, combustível e hora máquina. Nas últimas safras, a solução Mapeamento Digital de Plantas Daninhas do xarvio possibilitou a redução de 36 mil litros de água – utilizada na preparação da calda de herbicida – a cada 1.000 hectares.

A Suvinil, marca de tintas decorativas da companhia, também atua de forma ativa em ações voltadas para sustentabilidade. Uma delas é o programa de logística reversa, chamado Suvinil Circula, que recebe embalagens vazias e com sobras de tintas para, respectivamente, reciclar ou coprocessar esses resíduos.

Criado com base em uma visão de economia circular da Suvinil, o programa permite que os resíduos voltem para a cadeia produtiva atuando no tratamento e redução do resíduo. Além disso, também contribui para a economia de água. Segundo dados mais recentes, desde seu lançamento em 2020, cerca de 18 toneladas de resíduos foram coletados e mais de 5 milhões de litros de água economizados.

Reduzir o desperdício é apenas uma das possibilidades para o consumo consciente e sustentável da água. Por isso criar estratégias eficientes precisa fazer parte da missão das empresas em nível mundial, de forma a auxiliar na manutenção da disponibilidade e da qualidade, mitigando os riscos causados pela falta deste recurso natural.

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