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Escolha correta do adjuvante pode garantir melhores resultados na lavoura

Escolha correta do adjuvante pode garantir melhores resultados na lavoura

Especialista no assunto orienta produtor a não cometer erro na compra do insumo e dá dicas de como ser mais eficiente na aplicação no campo

O uso de adjuvantes nas aplicações em lavouras tem crescido a cada nova safra no Brasil. Mas, algo que parece já fazer parte do dia a dia na propriedade e estar no domínio do produtor e das equipes a campo, exige cuidados e atenção para não errar, desperdiçar e, consequentemente, ser mais eficiente na aplicação dos defensivos e fertilizantes. Ao contrário do que se imagina, é necessário escolher corretamente esse insumo, e existem várias particularidades a serem levadas em conta para optar pelo melhor produto, especialmente frente à grande quantidade deles hoje existente no mercado.

O químico e pesquisador da Sell Agro, Marcelo Hilário, explica que primeiro é importante saber e destacar que o adjuvante é um produto químico que não tem propriedades fitossanitárias, ou seja, não é um defensivo agrícola, mas tem impacto significante na produtividade final das lavouras.

“Ao falarmos em tecnologia de aplicação, e qual melhor se encaixa, é preciso se atentar aos três momentos em que esse produto atua”, conta.

O primeiro deles é no preparo da calda, que exige uma série de cuidados especiais, como o pH da água e sua qualidade, compatibilidade de mistura e se a calda forma ou não espuma.

“Se forma espuma, por exemplo, a decisão deve seguir para um adjuvante que seja antiespumante”, detalha o especialista.

Calda preparada, o segundo ponto de atenção para escolher o insumo correto, é levar em consideração a aplicação desta. Mas, quais são os grandes desafios nessa operação? A deriva é um deles, segundo Hilário.

“A deriva, que é o deslocamento da gota para um local aonde não deveria cair é causada principalmente pelo vento. Além disso, pode ocorrer a evaporação da gota, se muito pequena e fina. No caso de uma aplicação aérea, ela pode então evaporar antes de chegar ao alvo”, detalha.

Nesse caso, é preciso escolher um adjuvante redutor de deriva e até um antievaporante.

Chegando ao alvo, outros processos acontecem e merecem gerenciamento. A gota cai na folha e se adere a ela, para que em uma ocasional chuva não seja lavada e perca a aplicação, e sim seja absorvida pela planta para que ocorra o tratamento requerido.

“Esses processos são potencializados com a presença de adjuvantes espalhantes adesivos. Já os surfactantes e penetrantes, reduzem a resistência da camada cerosa das folhas, ocorrendo então a penetração da gota mais facilmente”, sinaliza o pesquisador.

Depois de descrito esses três pontos, o especialista diz que o produtor precisa então levar em consideração o que quer: um adjuvante que atue em todas essas etapas ou um específico? Se para todas elas, ele orienta para um com capacidade de atuação multitarefa, ou seja, antiespumante, condicionador de calda, compatibilizante, antievaporante, redutor de deriva, espalhante adesivo e, por fim, penetrante.

Então, como é que o produtor deve escolher um adjuvante? Hilário é enfático: “não escolher pelo preço, optando pelo mais barato. E sim, buscar um produto que tenha a maior quantidade de propriedades que deseja”. O pesquisador completa destacando que se a melhor opção a ele for um adjuvante específico, recomenda-se optar por aquele que tenha os melhores resultados para aquele ponto.

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