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Indutores de resistência: prevenção extra para a planta

Indutores de resistência: prevenção extra para a planta

Indutores de resistência: prevenção extra para a planta

Uma importante restrição à produção agrícola sustentável no Brasil é a incidência e o impacto de patógenos nas plantas. Esses microrganismos as atacam, pois durante seu desenvolvimento evolutivo adquiriram a capacidade de se alimentarem das substâncias por elas produzidas. Os microrganismos fitopatogênicos podem iniciar uma infecção penetrando os tecidos vegetais de forma física, química ou serem inoculados diretamente dentro da plana por meio de um vetor.

Ao mesmo tempo, as plantas também evoluíram e desenvolveram formas de se defenderem dos ataques dos patógenos e contra-atacarem, criando uma resistência.

O sistema de defesa da planta funciona com mecanismos físicos e químicos, formados antes e após uma infecção. A parede celular, a camada de cera que recobre a cutícula e os tricomas são exemplos de barreiras físicas preexistentes. Elas podem ser melhoradas após o ataque de microrganismos devido à deposição de substâncias protetoras nas paredes celulares. Isso confere maior rigidez, espessura e isolamento em volta dos locais de inflamação, dificultando a colonização. Outra resposta de combate se dá por meio da produção de enzimas capazes de atacar a parede celular dos patógenos.

Indução de resistência

Grande parte dos processos que confere resistência às plantas contra os patógenos é intermediada por compostos específicos como aminoácidos e hormônios, sendo o mais importante o AS.

Quando aplicado sobre as plantas, o AS exógeno ativa o sistema de defesa vegetal, conferindo resistência sistêmica. A ativação do metabolismo secundário das plantas envolve um gasto energético. Essa energia é requerida para produção de compostos de defesa.

Sequenciado genoma de fungo que ataca lagartas da soja

Uma das formas mais eficientes e de resposta mais significativa de suprir essa demanda se dá pelo fornecimento conjunto do AS e aminoácidos precursores dos compostos de defesa.

É aí que entram os indutores de resistência: moléculas específicas que desencadeiam um complexo mecanismo de defesa das plantas contra estresses e organismos fitopatogênicos, incluindo fungos, oomicetos e bactérias, e são considerados uma alternativa moderna para minimizar os efeitos de patógenos.

Quando se acrescenta indutores de resistência junto aos fungicidas, os resultados são mais satisfatórios, uma vez que o produto otimiza a planta a se defender melhor, permite melhores resultados agronômicos como o aumento da eficiência do controle de doenças, gerando mais produtividade e consequente lucro.

Resistência na soja

Na cultura da soja, os indutores de resistência têm um papel fundamental.

O baixeiro da soja é uma parte da planta extremamente produtiva e importante. Segundo Geraldo Gomes, coordenador de desenvolvimento de mercado da Fertiláqua, para manter essa produção no baixeiro é necessário ter as folhas saudáveis em todo ciclo da cultura. Porém, há certa dificuldade uma vez que a medida em que a soja cresce e se fecha, impossibilita que os fungicidas atinjam de forma eficiente a parte mais baixa, chegando somente até as folhas de cima.

O indutor de resistência é sistêmico. “Ele percorre por meio da seiva da planta. Você aplica o produto na parte área, ele produz os compostos de defesa que vão circular em toda planta. Mesmo que se aplique na parte superior, terá efeito na inferior”, explica.

Ainda segundo o especialista, os indutores funcionam como medida preventiva. Se a folha já estiver doente, não há como reverter essa situação. “É importante aplicar os indutores desde as fases iniciais da cultura. E fazer a manutenção, isto é, aplicar mais duas ou três entradas, com espaço que pode variar de 12 a 18 dias, para que os compostos antifúngicos não diminuam ao longo do tempo”, esclarece.

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1 Comment

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  • 0 / 10
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