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Os desafios para o controle da ferrugem asiática da soja

Os desafios para o controle da ferrugem asiática da soja

A situação atual e os desafios ao controle da ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi) serão debatidos em um workshop nesta quinta-feira (30) e sexta-feira (31), em Brasília.

O objetivo é uniformizar as informações provenientes da pesquisa científica, as experiências de regulação, demandas e impactos no setor da soja ocasionados pela praga, a fim de obter subsídios à revisão do Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Participam das reuniões representantes do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas, da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), de entidades do setor produtivo, além de representantes dos Órgãos Estaduais de Defesa Agropecuária dos principais estados produtores de soja no Brasil.

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As reuniões serão realizadas no auditório Assis Roberto de Bem, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília.

Entre os temas em análise estarão a legislação existente no Brasil para o manejo da ferrugem asiática; a janela de semeadura no manejo da praga; cenários futuros x manejo da ferrugem; demanda do setor produtivo em relação ao calendário de semeadura da soja; variabilidade genética da praga; monitoramento da resistência do fungo aos fungicidas; novos produtos para o controle; consequências do cultivo de soja tardia/resistência a inseticidas; tecnologias para produção de sementes e o Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja.

A doença

A ferrugem da soja é causada por duas espécies de fungo do gênero Phakopsora: Phakopsora meibomiae, agente causal da “ferrugem americana” e Phakopsora pachyrhizi, agente causal da “ferrugem asiática”. Phakopsora pachyrhizi é a espécie responsável pelas recentes epidemias da doença no Brasil.

É considerada uma das doenças mais severas que incidem na soja e pode ocorrer em qualquer estágio da cultura. Nas diversas regiões geográficas onde a ferrugem asiática foi relatada em níveis epidêmicos, os danos variam de 10% a 90% da produção.

Como estratégia de transferência de tecnologia para enfrentar a ferrugem asiática da soja, foi criado em 2004 o Consórcio Antiferrugem, que conta com aproximadamente 100 laboratórios cadastrados em todo o Brasil, capacitados para identificar a praga.

Também fazem parte do consórcio cerca de 60 pesquisadores de instituições públicas e privadas, distribuídos em todas as regiões brasileiras, que monitoram o problema e geram informações atualizadas sobre a doença.

A página do Consócio na internet reúne dados de pesquisa, orientações técnicas e também monitora a doença em tempo real durante a safra da oleaginosa. A partir da detecção regional dos focos de ferrugem, a cada safra, e do compartilhamento digital dos dados, é gerado um mapa sobre a dispersão da doença no Brasil.

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