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Sementes de baixo vigor e germinação: Como a nutrição pode ajudar

Sementes de baixo vigor e germinação: Como a nutrição pode ajudar

A produção de sementes é baseada em quatro pilares: qualidade física, sanitária, genética e fisiológica.
Neste sentido, a produção de grãos diferencia-se da produção de sementes principalmente pelo pilar qualidade fisiológica, uma vez que grãos de soja serão utilizados basicamente em função de seu teor de proteína e óleo, ao contrário de sementes que precisam gerar novas plantas, assegurando o estabelecimento de uma população adequada mesmo sob condições estressantes na safra seguinte.

Fisiologicamente falando, plantas de soja estão sempre direcionando seu metabolismo para a produção de sementes. Esta é uma estratégia de sobrevivência e perpetuação da espécie, fato visível em condições desfavoráveis como seca, desnutrição ou falta de luminosidade no período reprodutivo – onde a planta ajusta sua relação fonte-dreno e aborta flores e vagens que não conseguiriam ser mantidas e assim consegue sustentar parte da produção e assegurar a perpetuação de novos descendentes.

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Partindo do princípio que sementes são geradas no campo e não na UBS, manejos voltados à qualidade fisiológica das sementes podem ser utilizados para reduzir a casualidade da seleção de sementes a partir de lotes de grãos sem manejos específicos ou aumentar o número de lotes viáveis para serem utilizados como semente, sem alterar sua genética, apenas permitindo que a cultivar expresse o potencial de germinação e vigor já previsto em seu DNA.

A escolha do manejo deve estar sempre em linha com a real necessidade da área e do material semeado. Nos resultados encontrados, notamos primeiramente uma maior possibilidade de influenciar o vigor frente à germinação, bem como efeitos distintos da aplicação de nutrientes para esta finalidade. Ao analisarmos o efeito de, por exemplo, molibdênio e manganês, ambos os nutrientes apresentaram resposta positiva em aumento de vigor. Entretanto, dependente da dose aplicada. Onde no caso do molibdênio, especificamente, doses muito elevadas para a situação em questão atrapalharam a qualidade fisiológica da semente, reduzindo o seu vigor. Na germinação, observamos a mesma tendência de resposta, com aparentemente um menor risco de reduzir este parâmetro fisiológico pelo excesso da aplicação de nutrientes.

Produzir sementes de qualidade é sem dúvida um desafio, seja para comercialização ou uso próprio. A degradação fisiológica e consequente perca de qualidade acarreta em problemas como baixa população final e em alguns casos necessidade de ressemeadura. Assim, o monitoramento nutricional das lavouras é essencial e pode não apenas evitar prejuízos, como também aumentar as chances de sucesso, melhorando a qualidade deste bem tão precioso que é a semente.

 

Eng. Agr. MSC. Gabriel Schaich
Physioatac Consultoria
contato@physioatac.com

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