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Preços do trigo se mantém em alta desde outubro

Preços do trigo se mantém em alta desde outubro

Os preços do trigo estão seguindo em alta desde outubro do ano passado, é o que aponta o boletim agrosemestral do Cepea.

De acordo com as informações, a influência vem do dólar elevado, bem como das dificuldades na importação e também pela firme demanda interna – este último, de forma mais recente.

Aliás, com essa avaliação estima-se que os produtores dediquem este ano uma área maior que a anterior para a triticultura. É claro, a expectativa é de boa rentabilidade.

Como resultado dos bons números, demandantes de trigo seguem fazendo pressão para que o Governo brasileiro facilite a entrada de cereal no país, especialmente o vindo da Argentina. Da mesma forma, buscam aliviar os custos, reivindicando diminuição permanente das taxas de importação do cereal da Argentina.

Variação de preço das commodities esta semana

Assim sendo, as importações brasileiras também se mantiveram firmes no mês de abril. De maneira idêntica, buscava-se repor estoques de indústrias processadoras. O mês teve uma média diária de importação 30,5% acima da registrada no ano anterior.

Preços

Desse modo, no acumulado do mês (de 31 de março a 30 de abril), os preços no mercado de lotes em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo subiram 16,4%, 11,4%, 8,7% e 6,6%, respectivamente. No mesmo período, o preço do grão no mercado de balcão registrou alta de 4,5% no estado sul-rio-grandense.

Em contrapartida, quando comparadas as médias mensais de março e abril, nota-se alta de 10,9% no Paraná, com o trigo a R$ 1.174,64/tonelada no último mês. No Rio Grande do Sul, a média de abril foi 11,7% superior à de março, a R$ 1.017,17 /t. Da mesma forma, em São Paulo e em Santa Catarina, as médias avançaram 10,3% (a R$ 1.195,06 /t) e 9,6% (a R$ 1.045,92), na mesma ordem.

Derivados

Em terceiro lugar, a demanda doméstica por farinha e derivados esteve aquecida em abril, especialmente por parte de indústrias alimentícias responsáveis por bens essenciais de consumo. Ou seja, a falta de chuva em importantes regiões pecuárias no Sul do País tem prejudicado as pastagens e elevado a procura de produtores pelo farelo para alimentar o gado.

No momento em que os preços dos derivados subiram em abril, houve menor intensidade que os da matéria-prima (o trigo em grão). Para os farelos, houve valorização de 4,8% para o a granel e de 2,2% para o ensacado.

Em outras palavras, no Brasil os reflexos da pandemia de coronavírus atingiram, principalmente, os derivados de trigo. Apesar do temor, o abastecimento das farinhas e farelos permaneceu estável e a demanda, aquecida. Em suma, destaca-se que as massas destinadas a macarrão estiveram entre os itens mais procurados pelos consumidores finais durante a pandemia

*Informações do boletim agromensal do Cepea

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