O custo da produção leiteira subiu pelo sexto mês consecutivo. Os números apontam uma alta de 3,2% em março, quando comparado ao mês anterior. No total, o indicador já acumula aproximadamente 15,1% de aumento, um valor considerável.
Primeiramente, precisa-se reforçar que o preço dos alimentos concentrados, sejam eles energéticos ou proteicos, bem como de fertilizantes, combustíveis, entre outros, compõem esse cenário. O cenário mostra ainda que nenhum desses itens teve queda nos preços durante o período, o que auxilia – e muito – nos valores apresentados.
Ainda assim, em relação ao mesmo período do ano passado, é importante demonstrar que os custos de produção também estão maiores, totalizando 12,9% de acréscimo na tabela.
Mercado atacadista
Enquanto isso, no mercado atacadista, os preços também apresentaram alta. No setor dos lácteos, os valores subiram 0,8% na segunda quinzena do mês de março, quando comparado à primeira parte do mês. Ao todo, o terceiro mês do ano teve incremento de 1,3%.
O custo e os preços subiram, acredita-se, pela pandemia do coronavírus. Isso porque há menor disponibilidade de matéria-prima no campo, e o mercado varejista precisou rapidamente fazer a reposição de seus estoques.
Qualidade do leite, da expectativa à realidade
Sobretudo, o leite longa vida foi o que teve a maior valorização financeira no período. Antes, apresentava estabilidade e até mesmo uma ligeira queda. Surpreendentemente, teve alta de 7,0%.
Outros produtos do setor que apresentaram alta foram o queijo muçarela, parmesão, requeijão e a manteiga.
Para este novo mês, os preços podem se manter estáveis e até mesmo se acomodarem. Não há informações sobre o custo ainda.
A menos que a situação da pandemia volte a trazer preocupação – agora as pessoas já não estão desesperadas zerando os estoques dos supermercados.
Os demonstrativos apontam ainda que a cadeia produtiva do queijo foi uma das mais afetadas. Isso porque aproximadamente 30% da produção nacional dos queijos é destinada para os restaurantes e também para os food services. Esses dados são da Associação Brasileira das Indústrias de Queijos – ABIQ.
