A Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL) reforça a importância de medidas preventivas no manejo de defensivos agrícolas, especialmente nesta época do ano. O alerta é do Dr. Mario Bianchi, pesquisador em manejo de plantas daninhas da CCGL.
A deriva de defensivos agrícolas pode acarretar problemas significativos nas lavouras, e é caracterizada pelo desvio da trajetória de partículas/gotículas durante a pulverização, o que pode resultar em prejuízos diversos. O pesquisador destaca que, durante este período, é crucial redobrar os cuidados, especialmente devido à incidência de ventos que ultrapassam a velocidade considerada segura para as aplicações.
A deriva é, em grande parte, causada pela falta de observação das condições climáticas e do uso adequado de equipamentos para a aplicação. Condições meteorológicas, como vento, temperatura e umidade, juntamente com fatores como o tamanho das gotas da calda, influenciam diretamente no potencial de deriva.
O pesquisador ressalta que a deriva é minimizada quando a velocidade média do vento está entre 3 e 10 km/h. Para evitar problemas, a CCGL recomenda:
- Evitar a pulverização em condições de ausência de vento ou com vento a velocidades acima de 10 km/h em média.
- Usar pontas de aplicação que produzam gotas grossas.
- Aplicar com umidade do ar acima de 60% e temperatura do ar menos do que 30⁰C.
Além disso, sempre que possível, deve-se optar por velocidades de aplicação mais baixas, pois o aumento da velocidade pode resultar em efeitos não intencionais que aumentam o risco de deriva.
A deriva de defensivos agrícolas é responsável por causar perdas financeiras significativas, menor eficiência no controle de plantas daninhas e pode contribuir para a seleção de espécies resistentes. Os prejuízos incluem a perda do produto, a necessidade de aumentar a dosagem do defensivo para compensar as perdas, uso ineficiente de equipamentos e, em última instância, danos às lavouras vizinhas.
A CCGL reitera seu compromisso com a prática agrícola sustentável e incentiva todos os agricultores a adotarem as medidas preventivas necessárias para mitigar os riscos associados à deriva de defensivos agrícolas.