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Senador Luiz Carlos Heinze coordena reunião da cadeia dos biocombustíveis para discutir alternativa econômica e técnica para produção de combustível

Senador Luiz Carlos Heinze coordena reunião da cadeia dos biocombustíveis para discutir alternativa econômica e técnica para produção de combustível

A CCGL, Cooperativa Central Gaúcha Ltda, sediou uma importante reunião para o cenário da agricultura e energias renováveis. O evento, organizado pelo senador Luis Carlos Heinze, aconteceu nesta segunda-feira, 13, na sede da CCGL, localizada na RS 342 | KM 149, em Cruz Alta.

O encontro reuniu o senador, o diretor da Refinaria Riograndense, Sr João Luiz Sobreiro Bulla, o chefe da Embrapa Trigo de Passo Fundo, Sr. Jorge Lemanski, o Gerente de Pesquisa da Rede Técnica Cooperativa (RTC), Dr. Geomar Corassa, técnicos, empresas sementeiras, cerealistas e processadoras, cooperativas, entidades e associações ligadas ao setor, com o propósito de discutir o uso inovador do nabo forrageiro na produção de uma nova formulação de diesel pela Petrobras. O projeto visa apresentar o nabo forrageiro como uma alternativa viável à soja durante o inverno, além de culturas como canola e girassol. Essa iniciativa não apenas oferece uma nova fonte de renda para os produtores, mas também contribui para a redução da dependência de fontes não renováveis.

O presidente da CCGL, Sr. Caio Viana, falou sobre a importância da reunião.

“É uma discussão importante, em relação a uma cultura que é bastante utilizada no Rio Grande do Sul, principalmente para melhoria do solo. Se conhece muito pouco sobre a utilização industrial dessa cultura”, disse. Caio Viana reiterou ainda a presença de representantes de cooperativas gaúchas.

O senador Luis Carlos Heinze, entusiasta de novas tecnologias e defensor do desenvolvimento sustentável, enfatiza a importância dessa alternativa para a produção rural gaúcha.

“O nabo-forrageiro é barato, sustentável e não concorre com a produção de alimentos. Trata-se de uma oportunidade a ser explorada pelos produtores como uma nova fonte de renda. Vamos estudar e movimentar os setores”, destaca Heinze.

A pauta do encontro abrangeu diversos temas relevantes, incluindo a conversão da Refinaria Riograndense em biorrefinaria, a nova formulação de diesel e os investimentos da Petrobras em Rio Grande, através da explanação do Gerente de Novos Negócios da Refinaria, João Luis Sobreiro Bulla.

Luiz Müller, pesquisador autônomo de Panambi, compartilhou sua experiência com extração de óleos vegetais e álcool de cereais.

“Há muitos anos pesquiso para tentar encontrar alternativas para cultivares de inverno do Rio Grande do Sul e como comecei a pesquisar o biodiesel, a alternativa viável há 10 anos, quando começamos, a intenção era trabalhar com um óleo que não fosse comestível e tivesse preço baixo, para ser competitivo. Foi então que comecei os testes com o nabo e tive a resposta esperada. Também trabalhamos o farelo, altamente nutritivo, especialmente para gado leiteiro. Primeiro, não tinha palatabilidade, pois o sabor era muito forte. Com o tempo, conseguimos amenizar o sabor, sem aumentar significativamente o custo”, pontuou.

O pesquisador disse ainda que a iniciativa do Senador Luiz Carlos Heinze é fundamental.

“Quando comecei a pesquisa, tive que parar por falta de apoio. Desta forma, esse encontro é de extrema importância para que tenhamos mais rentabilidade e desenvolvimento para o campo”.

Também foi apresentada pesquisa relacionada ao uso do nabo pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, IDR/PR (ex-IAPAR). Também foram apresentadas pesquisas da Embrapa Passo Fundo e Embrapa Energia de Brasília com o nabo forrageiro, além de desafios e oportunidades para o uso de combustível renovável.

Célio Veirich, gerente industrial da Bianchini, classificou o evento como de suma importância para o desenvolvimento da agricultura regional.

“Muito importante debater o desenvolvimento da cultura do nabo ou outras culturas que possam ocupar as áreas disponíveis no inverno. O assunto vai além, envolve sustentabilidade, o futuro e a rentabilidade”, pontuou.

Elmar Luiz Floss, professor e diretor do Instituto Incia disse que o encontro foi importante para debater soluções alternativas para a ocupação de uma área significativa de lavouras no Rio Grande do Sul, que não são preenchidas no inverno.

“Dentre as alternativas oleaginosas, já temos a Canola, que é produtora de óleo, e agora debatemos a cultura do nabo forrageiro, que pode ser cultivado em uma grande área do Rio Grande do Sul. Falamos na possibilidade da utilização do grão do nabo forrageiro para a produção de óleo, posteriormente destinado na produção de biodiesel. O encontro foi muito importante para entendermos os gargalos, desafios e, principalmente, para entendermos os passos que precisamos dar para o futuro”.

Jorge Lemanski, chefe-geral da Embrapa, disse que a discussão acerca da cultura do nabo para a produção de biocombustíveis, é fundamental.

“É fundamental debater como o agro pode contribuir no objetivo de desenvolvimento sustentável da transição energética é muito importante, uma discussão que envolve oportunidades de aproveitar a oferta ambiental que o Brasil tem, em especial no Rio Grande do Sul, diante de uma demanda que se materializa em termos de matéria-prima, para rodar uma indústria que tenha o propósito a produção de biocombustíveis, que tenha foco na sustentabilidade”.

João Luis Sobreiro Bulla, gerente de novos negócios na Refinaria de Petróleo Riograndense, disse que as possibilidades para o cultivo do nabo forrageiro devem ser debatidas, pois a cultura pode propiciar uma nova fonte de matéria-prima para a produção de óleos essenciais para a produção de combustíveis sustentáveis.

“Foi uma reunião muito bem estruturada, com todas as áreas fundamentais representadas”.

Heinze, considerando o programa de biocombustível da Petrobras, reiterou a importância do grupo de trabalho composto por profissionais da Embrapa, da refinaria de Rio Grande, de associações e de técnicos de seu gabinete. Esse grupo acompanha de perto o desenvolvimento do trabalho e da pesquisa, com o objetivo de estimular a produção, reduzir custos do óleo e gerar empregos.

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