De acordo com o presidente do Simers, fatores como inovação e acesso ao crédito ajudaram no crescimento de 15% nas vendas
A Expointer, uma das principais feiras do agronegócio da América Latina, e que terminou no último domingo (3), movimentou cerca de R$ 7,3 milhões com a comercialização de máquinas e implementos agrícolas.
O valor, que representa um novo recorde, supera em 15% o valor do ano passado, que foi de R$ 6,6 bilhões. Assim, o faturamento total do evento foi de R$ 7,986 milhões, crescimento de 11,76%.
O balanço foi divulgado durante coletiva de imprensa realizada neste domingo, na cidade gaúcha. A organização destacou também a receita movimentada no Pavilhão da Agroindústria Familiar, de cerca de R$ 8,6 milhões.
O público também foi recorde, com 818.943 mil visitantes de 26 de agosto até às 13h30 deste domingo, aumento de 5,96% em relação ao ano anterior. De acordo com a diretoria da feira, estes valores podem se alterar porque os pavilhões devem fechar às 18h.
Conforme Claudio Bier, presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no RS (Simers), a razão das máquinas agrícolas continuarem vendendo é o interesse do produtor pela tecnologia embarcada.
“É a oportunidade para o agricultor produzir mais no mesmo pedaço de chão. Fizemos uma grande Expointer, estamos muito satisfeitos e temos certeza de que esses números vão aumentar ainda mais, pois temos que considerar também as pessoas que visitaram os estandes, olharam as máquinas e devem fechar negócio nas próximas semanas”, comemora.
Este ano a entidade trouxe para a feira a temática da sustentabilidade e inovação no agro, sobretudo nas indústrias de máquinas agrícolas. O Parque de Máquinas foi ampliado, o que possibilitou espaço para novos interessados, totalizando aproximadamente 200 expositores. Tradicionalmente, os equipamentos mais procurados na exposição são tratores, colheitadeiras, plantadeiras e pulverizadores.
“Cada ano é uma corrida com obstáculos, em que devemos fazer mais esforço para superar a edição anterior. A tecnologia que o setor imprime às máquinas é o que vem atraindo os produtores, ao permitir produzir muito mais, no mesmo pedaço de chão”, acrescenta.
Claudio Bier ressalta o movimento intenso registrado no Parque de Máquinas durante toda a feira: “Ao contrário das edições anteriores, quando o movimento era grande só aos finais de semana, este ano viu-se engarrafamentos e dificuldade para estacionar todos os dias, e isso é um problema bom. O produtor rural e o público urbano vieram ver de perto a qualidade e a tecnologia das máquinas agrícolas fabricadas no Brasil, que estão as melhores do mundo. O nosso setor não perde para nenhum outro país”, assegura.
Fundopem da Irrigação
Outro assunto caro ao setor é o Fundopem da Irrigação, que foi apresentado para autoridades, produtores e imprensa. A proposta, elaborada pelo SIMERS, prevê incentivos fiscais aos produtores rurais para investimentos na implantação ou ampliação de sistemas de irrigação nas culturas agrícolas, em especial milho e soja. Um grupo de trabalho criado pelo Governo do Estado avalia a viabilidade do projeto, através do chamado Programa de Expansão da Agricultura Irrigada no Estado do Rio Grande do Sul.