De um lado, altas temperaturas, com ondas excessivas de calor e seca. De outro, irrigação complementar e período chuvoso em meses com baixa previsão para umidade no solo. Em 2023, a safra de soja no BMG Agro se traduziu no equilíbrio entre as mudanças climáticas aliadas a um cenário econômico incerto e os investimentos para mitigar potenciais impactos negativos nos resultados econômicos.
O ciclo da safra inicia em outubro e se estende até o início de dezembro, no chamado período vegetativo, quando a soja nasce e suas vagens crescem. No Brasil, esse foi, no ano passado, um período marcado por poucas chuvas no centro oeste e parte de sudeste provocado pelo El Niño, fenômeno caracterizado pelo aquecimento das águas superficiais do oceano pacífico, que pode levar à intensificação da seca.
Naquele momento, o cenário apontava para resultados abaixo da média, em todo Brasil, com a queda generalizada na produção. Mas na segunda quinzena de dezembro, quando a soja vivencia seu período reprodutivo, com a frutificação de grãos, a natureza reagiu intensificando as chuvas, o que contrariava as previsões. Ali o otimismo se fez presente diante dos resultados que nos aguardavam.
Mas além das chuvas, que vieram como bônus, adotamos uma estratégia que fez a diferença em nosso balanço: a irrigação complementar. Contratamos um moderno sistema que ajuda a monitorar o manejo hídrico das plantas e realiza a adequada gestão de irrigação. Isso contribuiu para que fosse possível avaliar, de forma direcionada, a capacidade de irrigação, ofertando o volume de água suficiente para cada fase da planta.
Com isso tivemos, ao mesmo tempo, uma resposta mais eficiente da plantação, bem como economia de água e energia, o que se traduziu na economia dos recursos naturais. Além da consultoria técnica e especializada, contamos, ainda, com equipamentos que nos auxiliam a ter uma performance que otimize os processos, da plantação à colheita.
Outra estratégia que nos diferenciou na safra de 2023 foi a escolha de variedades de cultivares com maior teto produtivo para plantio. O manejo dessas espécies foi realizado, bem como a correção de solo com aplicação de calcário e gesso, além do uso de condicionadores de solo na linha de plantio, o que ajuda a reduzir o estresse hídrico e evita perdas na produção. Isso foi possível graças ao aconselhamento equipe técnica especializada da empresa, que se preocupa em avaliar os recursos disponíveis para os resultados cada vez mais positivos.
Portanto, apesar de toda a dificuldade que o ano anuncia entre os produtores de soja, a contar pelas dificuldades enfrentadas na safra de 2023/2024, esperamos colher a mesma média, em hectare, do ano passado. Sabemos que teremos desafios e vamos continuar nos preparando para eles, especialmente com nosso olhar direcionado aos recursos técnicos e tecnológicos que o mercado pode nos oferecer.
Por Bruno Sampaio, Gestor do BMG Agro