Queda de performance pode ser o único sintoma de lesão articular, e deve ser investigada e tratada rapidamente
O tecido ósseo é um tecido vivo e dinâmico que passa por um constante processo de construção e remodelamento, se adaptando aos estímulos submetidos no dia a dia de forma harmônica.
Quando este equilíbrio é quebrado, é comum que ocorram lesões ósseas e, principalmente, problemas articulares de diferentes intensidades.
As doenças articulares são muito comuns em equinos atletas e, muitas vezes, são as principais responsáveis pela aposentadoria precoce do animal. Dentre uma gama de problemas que podem ser classificados como doenças articulares, as osteoartrites estão no topo da lista.
“Nós denominamos como osteoartrite o processo de deterioração progressiva da cartilagem articular e da alteração dos ossos e tecidos moles que compõem esta articulação. A origem deste processo de deterioração pode ser desconhecida, ou proveniente de fatores predisponentes como infecções articulares, defeitos de conformação ou osteocondrose”, explica Pollyana Braga, médica-veterinária gerente da linha de equinos da Ceva Saúde Animal.
Em equinos atletas, o estresse biomecânico recorrente aos qual as estruturas articulares são frequentemente submetidas pode ser um fator contribuinte para que as articulações sofram o processo de osteoartrite.
“Situações como a recepção após saltar um obstáculo, transições entre piso duro e piso mole para os animais que trabalham em duas pistas, mudanças de direção abruptas como nas provas de três tambores ou paradas repentinas, como as esbarragens nos esportes western, podem predispor o animal a degradação articular”, Pollyana conta.
Manifestações clínicas
A manifestação clínica mais comum relacionada à osteoartrite é a claudicação (manqueira) leve e progressiva, e a relutância para realizar alguns movimentos específicos comuns do dia a dia deste animal.
Na fase aguda da doença, a claudicação é mais específica quando o animal ainda está frio, e tem uma perceptível melhora após aquecimento e o início do exercício. Já quando o quadro está na fase crônica, o exercício piora o nível de claudicação.
“Por ser uma doença de progressão lenta, é comum que uma boa parte dos animais não apresentem sintomas evidentes como a claudicação, resultando apenas em uma queda de performance que pode ser difícil de ser esclarecida. Muitas vezes o diagnóstico da osteoartrite acaba sendo por um achado radiográfico quando se examinava por outra condição”, alerta a médica-veterinária.
Quanto mais cedo a osteoartrite for diagnosticada e tratada, melhores são as chances de o equino retornar rapidamente aos seus níveis normais de atividade e performance. Por isso é importante que cada queda de performance seja minuciosamente investigada.
Tratamento
A profissional também explica que o tratamento da osteoartrite está intimamente relacionado à gravidade das lesões articulares e visa aliviar a dor do paciente, ao mesmo tempo em que busca atuar na articulação para que ela possa retornar o quanto possível ao seu estado normal.
A abordagem terapêutica pode incluir o uso de anti-inflamatórios não esteroidais, ferraduras corretivas, repouso e infiltrações intra-articulares.
“No caso das osteoartrites, podemos contar com o uso dos Bifosfonatos na terapia dos equinos atletas adultos. Os Bifosfonatos promovem a inibição das células responsáveis pela reabsorção óssea, retardando progressão da degeneração articular. Além de atuar ativamente no fortalecimento dos ossos, o fármaco tem ação analgésica, anti-inflamatória e condroprotetora, protegendo e fortalecendo a articulação”, Pollyana esclarece.
A associação de Bifosfonatos na terapia dos equinos com osteoartrite facilita a recuperação das articulações, com o animal retornando ao seu nível normal de atividade em cerca de 2 meses após a aplicação do fármaco. Os efeitos permanecem por cerca de um ano, fortalecendo e protegendo as articulações.
“Com uma base sólida de estudos, segurança e tecnologia, o Tildren®, da Ceva, é o único Bifosfonato testado e aprovado em equinos atletas de alta performance. É a escolha certa para possibilitar um retorno rápido do equino ao seu estado campeão e por um período mais duradouro”, finaliza.