A Bayer anunciou o início da integração da Monsanto após concluir a venda de ativos agrícolas para a Basf. Apesar das expectativas de que a junção de negócios gere bons resultados para as receitas da companhia alemã, os preparativos para a incorporação acontecem em meio a desdobramentos não tão positivos de um processo judicial.
As ações da Bayer registraram forte queda na bolsa de Frankfurt depois de a Monsanto ser condenada a pagar US$ 289,2 milhões em indenização a um jardineiro pela exposição a um herbicida cancerígeno. A sentença foi proferida por um juiz da Califórnia, nos Estados Unidos.
Mesmo com o revés milionário e o impacto no valor de mercado de suas açoes, a Bayer anunciou a conclusão dos requisitos para concretizar a aquisição da concorrente com otimismo. Em comunicado divulgado na quinta-feira (16), a companhia ressaltou que o negócio criará uma líder no mercado de agroquímicos e minimizou a condenação da Monsanto.
A companhia considera que a decisão carece de fundamentos científicos e mencionou estudos de autoridades de diversos países que atestam que a substância em questão, o glifosato, não causa câncer.
“O veredito é apenas o primeiro passo nesse caso e recursos ainda são cabíveis”, diz o texto.
Autoridades concorrenciais americanas exigiram que a Bayer vendesse ativos antes de realizar a integração da Monsanto. Para atender à determinação, a companhia alienou ativos avaliados em US$ 9 bilhões para a Basf.
Por Isabella Miranda
Com supervisão de Gabriela Freire Valente
