Causadas por fungos, essas enfermidades são responsáveis por grandes perdas nas lavouras brasileiras todos os anos; Biocontrole é chave para redução de danos
Com o inverno se aproximando, a incidência de certas pragas nas lavouras, motivo de preocupação para muitos agricultores brasileiros, tende a diminuir. Porém, mesmo com as baixas temperaturas, os riscos de enfermidades no campo não estão descartados, muito pelo contrário. Por isso, é imprescindível que os agricultores adotem medidas de contingência que favoreçam a produtividade e a sustentabilidade do negócio. Neste contexto, os bioinsumos são grandes aliados para essa tarefa.
Nesta época do ano, onde boa parte do país vivencia temperaturas mais amenas, doenças como Mofo Branco, Fusariose e Damping-Off tornam-se comuns nas lavouras. São enfermidades causadas por diferentes tipos de fungos extremamente agressivos, que podem atingir diferentes estágios de desenvolvimento das plantas, desde a germinação, como é o caso de Damping-Off, ou no início do desenvolvimento, como é o caso do Mofo Branco e Fusariose.
“Existem formas de combater e prevenir essas doenças até mesmo antes que elas acometam as plantas, utilizando agentes de biocontrole, ou seja, outros fungos que anulam a capacidade reprodutiva dos organismos causadores de doenças”, afirma Daniele Fontana, doutora em Agronomia pela ESALQ/USP e Gerente de Produtos na Agrobiológica Sustentabilidade, empresa da holding Crop Care.
A especialista explica que, no caso dessas três enfermidades citadas, o Trichoderma asperellum, um fungicida e nematicida natural, é a forma mais eficaz de combate e prevenção. Porém, existem cepas mais eficientes que outras, então é vital que o agricultor busque ajuda técnica para entender qual é a melhor opção para o seu caso.
“Basicamente, o Trichoderma asperellum afeta a capacidade dos outros fungos causadores do Mofo Branco, Fusariose e Damping-Off de se reproduzirem. Cepas mais agressivas não somente atacam os esporos, que é como os fungos se multiplicam, mas também toda a estrutura de sobrevivência desses microrganismos, inviabilizando que eles germinem e contamine a planta”, destaca Daniele.
Uma peculiaridade desse fungo é que, por ser tão agressivo, ele se sobrepõe aos outros fungos causadores de doenças, competindo por espaço e impedindo a proliferação. A Agrobiológica, pioneira na tecnologia de multiplicação profissional OnFarm no Brasil, desenvolveu o Powerfung, um produto com tecnologia Bioshock, que acelera a destruição dos fungos causadores de enfermidades, aumentando a eficiência e taxas de controle.
“Além disso, o diferencial da cepa utilizada no produto é que além dela parasitar o fungo não benéfico e, consequentemente, ocasionando sua destruição, a tecnologia implantada gera uma ação chamada de antibiose, que nada mais é do que a produção de substâncias químicas naturais que impedem que aquele fungo volte a se proliferar no solo ou na planta. No caso do combate ao Mofo Branco, o efeito é excelente, já que o fungo Sclerotinia sclerotiorum, causador da doença, é conhecido por sobreviver até 10 anos no solo”, aponta a especialista.
O Trichoderma asperellum também causa um impacto chamado de Indução de Resistência nas plantas. Basicamente, é um efeito semelhante ao das vacinas nos seres humanos: ele alerta que a planta precisa se defender do fungo parasita, fazendo com que ela se torne mais resistente a doenças e até mesmo a insetos. Consequentemente, o fungo também auxilia na produção de fitohormônios que ajudam a promover o crescimento das plantas, além de melhorar a solubilização de nutrientes presentes no solo.
O Powerfung é indicado para todas as culturas, como soja, milho e feijão, e até mesmo hortifruti. Além de poder ser aplicado diretamente no solo, ele também pode ser utilizado na multiplicação OnFarm.
“A eficácia do fungo foi comprovada em diversos testes em consultorias do Brasil todo. Os produtos biológicos vieram para mostrar que é possível tratar doenças que são dores para os produtores há anos, sem apresentar riscos ao meio ambiente e ao seu bolso. Uma alternativa rápida, eficiente e sustentável”, finaliza Daniele.
