A Sociedade Rural Brasileira (SRB) elegeu pela primeira vez em um século uma mulher para o cargo máximo da entidade. Teresa Vendramini, 60, foi a escolhida para aproximar ainda mais os produtores rurais e fortalecer a imagem da instituição.
De acordo com o divulgado pela SRB, além de produtora rural, Vendramini é Graduada em Sociologia e Política pela FESPSP. Aliás, ela também possui fazendas de gado no sul do Mato Grosso e no interior de São Paulo.
Embora tenha sido diretora da entidade, bem como responsável pela criação do departamento de pecuária na gestão anterior, o novo cargo é um grande desafio.
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Além do trabalho já desenvolvido junto da entidade, Teresa é vista como inspiração em relação à mulher no agronegócio, buscando sempre o protagonismo da mulher no campo.
A força da mulher no Agronegócio
Enquanto as mulheres representam mais de 45% da participação na renda familiar, a presença feminina no topo de uma entidade de classe traz ainda mais representatividade. Em 2017, uma pesquisa apontou que 88% das mulheres do campo são independentes financeiramente.
Aliás, a pecuarista tem ministrado palestras incentivando o crescimento das mulheres no setor, e sempre insiste que elas enfrentem os desafios e dificuldades nesse universo que ainda é predominantemente masculino. Tal protagonismo também tem sido retratado no livro “Mulher Alfa”, de Cristina Xavier, onde Teresa foi uma das mulheres que contou sua trajetória.
Pulso firme para tomar decisões
Uma mulher à frente de uma Sociedade predominantemente masculina busca pulso firme para tomar decisões, principalmente quando se trata de articulações junto ao Governo, por exemplo. Uma entidade desse porte atua diretamente com os três poderes, com o trabalho de questionar decisões e colaborar no aperfeiçoamento de normas e regulamentações. Essas por sua vez devem ser impactantes na vida tanto do produtor, quanto na competitividade do agronegócio.
Sobretudo, é importante lembrar que a Sociedade Rural Brasileira é cofundadora da Frente Parlamentar da Agropecuária, e também criadora de outros órgãos e fóruns que atuam em defesa do agronegócio nas Assembleias Legislativas Estaduais, bem como junto ao Governo dos Estados.
Certamente a presença feminina vai impactar no trabalho e nas decisões.
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