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Vocação que vem da terra: na paixão pelo cultivo, o cuidado com o arroz

Vocação que vem da terra: na paixão pelo cultivo, o cuidado com o arroz

No Dia do Agricultor, o destaque a quem dedica máximo empenho junto a indústrias catarinenses, para levar arroz de alta qualidade a todo Brasil

O agricultor é um dos grandes responsáveis por alimentar toda população que consome o arroz. É ele quem cuida e zela pela qualidade do grão que, após cultivado e colhido, é encaminhado para o beneficiamento nas cerealistas, antes de chegar no prato do cidadão e possibilitar uma refeição nutritiva e saborosa.

Nas empresas associadas ao Sindicato das Indústrias de Arroz de Santa Catarina (SindArroz-SC), a parceria com os produtores é forte e duradoura, uma vez que ambas as partes são essenciais na cadeia produtiva do grão. Uma união que torna a missão do agricultor muito mais do que apenas plantar, mas sim servir a todos com o melhor desempenho e dedicação.

Como o caso do agricultor Antônio Serafin, mais conhecido como Seu Nico, que com apenas cinco anos de idade, já capinava, arava e plantava arroz junto de seu pai. Desde novo, sua vocação estava no sangue e ele sabia que trabalhar com a rizicultura seria a missão de sua vida. Com todo esse amor que adquiriu na infância, o futuro não poderia ser diferente: ele começou a trabalhar na área.

Primeiramente, como encarregado de um engenho na década de 1960. Tempos depois, mais precisamente em 1968, com uma troca de olhares, conheceu sua mulher, companheira e amiga, Darci Serafin, que até hoje é seu apoio nos momentos bons e difíceis. A união foi oficializada em em setembro de 1970 e, desde então, ambos trabalham juntos na construção de seu patrimônio.

Morando em uma humilde casa, os dois iniciaram a vida juntos capinando e trabalhando na terra de outras pessoas. Naquela época, Seu Nico se destacava tanto por ser um trabalhador esforçado e dedicado, que seu antigo chefe, para ajudar o casal, creditou alguns terrenos para que ambos pudessem iniciar o sonho de se tornarem produtores rurais.

“Quando eu precisei de terras para plantar, meu patrão arrendou os terrenos e disse ao proprietário que se eu não pagasse, ele pagaria. Hoje, esses terrenos são quase todos da minha família”, conta.

O dia a dia na lavoura

O relógio natural desperta entre 3h30 e 4h da manhã, quando Nico e Darci levantam e preparam o café para os três funcionários, considerados parte da família.

“Antes de clarear o dia, as tarefas já são planejadas entre todos. Sabemos que, bem conduzido, tudo dá certo, pois se você não estiver junto nas atividades, não fluirá. Esse é o compromisso meu e dela em todos os dias”, explica o produtor.

Seja na colheita, na plantação ou na pré-germinação das sementes, tudo é feito com os olhos do dono. Seu Nico está presente todos os dias na lavoura e acompanha de perto a condução dos 150 hectares de terra que possui. “São inúmeros detalhes que temos que estar sempre atentos. Precisamos ver se a semente brotou e avaliar a quantidade de sacos de semente utilizados para semear, por exemplo, pois cada etapa pode impactar na produtividade e qualidade”, destaca.

Às vezes, quando a preocupação surge no meio da noite ou o agricultor perde o sono, logo se levanta para resolver o problema, mesmo que seja na madrugada. Com todo carinho que tem pela lavoura e pelo arroz, além de produzir em quantidade, também preza pela alta qualidade do grão. Por conta disso – e para melhorar a produção -, instalou um silo na lavoura – local para armazenar o arroz colhido da safra antes de enviá-lo à indústria.

Assim são, para Seu Nico e Dona Darci, os 365 dias do ano – e os 366 nos anos bissextos também. Sem descanso, trabalhando de domingo a domingo, mantendo a qualidade do arroz que, posteriormente, irá chegar à mesa de milhares de brasileiros de vários estados do Brasil. “Todo dia tem algo para fazer, é uma atividade compromissada, se você falhou não tem mais volta. Hoje, vendemos para a indústria o que de melhor se produz na região”, destaca o agricultor.

Atualmente, Antônio conta com mais de 70 anos de experiência no agronegócio. “Foi com capricho e dedicação com o trabalho que conseguimos tudo o que conquistamos e que estamos aqui com o pé no chão”, enfatiza o produtor.

O que é ser agricultor?

Seu Nico sabe e vive desde criança no meio das plantações. É filho de agricultor e pretende passar este amor para a geração seguinte, sem que todo esforço e história sejam desperdiçados.

“Quero que meus netinhos também tenham amor por essa terra e não tenho dúvidas que terão, porque eles prometeram que seria parte da vida deles”, enfatiza.

Apesar das dificuldades, para o agricultor, valeu a pena escolher essa profissão para carregar no peito. Tanto que no decorrer dos anos, para a família Serafin, o arroz se tornou o princípio, o meio e o hoje. “Tenho orgulho de ser agricultor, porque a gente tem certeza da nossa importância no dia a dia de milhares de pessoas. Quando chega um caminhão cheio de arroz na indústria que a origem é de um agricultor caprichoso, que tem amor pela agricultura, é gratificante. Fico feliz em vender arroz para servir nossos companheiros”, evidencia.

Valorização dos agricultores

A parceria entre as indústrias e os agricultores é fundamental para garantir a produção e a entrega do arroz aos supermercados e, consequentemente, na mesa de milhares de pessoas de Norte a Sul do país. Por mais que a sinergia seja mais presente durante a safra, dado que os dois troquem mais contato por conta das negociações, a aproximação ao logo de todo ano é fundamental para que o produto final seja de qualidade.

“Neste Dia do Agricultor, temos que reconhecer de maneira ainda mais especial toda dedicação que os diversos produtores e famílias catarinenses têm ao cultivar esse cereal tão importante para nossa economia. É com base em no conhecimento deles, junto das tecnologias empregadas pelas indústrias que beneficiam o arroz, que nossa cadeia produtiva gira e continuará trazendo ótimos frutos para o desenvolvimento”, destaca o presidente do SindArroz-SC, Walmir Rampineli.

Por Monique Amboni.

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