É de extrema importância que o país tenha um conhecimento aprofundado de seus solos para garantir a segurança alimentar da população e o seu desenvolvimento em bases sustentáveis.
Detentor da quinta maior extensão territorial do planeta, com cerca de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, o Brasil conhece pouco o seu solo. A necessidade de ampliar esse conhecimento está diretamente ligada ao fomento da produção agrícola, gestão de riscos climáticos e segurança alimentar. Nesse sentido, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), coordena um programa que irá mapear o país em toda sua extensão.
O Programa Nacional de Levantamento e Interpretação de Solos do Brasil (PronaSolos) tem como objetivo fazer esse detalhamento da classificação de solos em uma escala mínima de 1:100.000. Isso significa que cada um centímetro dos mapas, representa um quilômetro da área real. Atualmente, nem 5% do território nacional tem informações com este nível de detalhamento.
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A diretora de Produção Sustentável e Irrigação do Mapa, Mariane Crespolini, ressalta que é de extrema importância que o país tenha um conhecimento aprofundado de seus solos a fim de garantir a segurança alimentar da população e o seu desenvolvimento em bases sustentáveis. “Nesta data em se comemora o dia Nacional de Conservação do Solo [15 de abril], é vital lembrarmos desse recurso natural que está diretamente ligado à vida no planeta. Conhecer o nosso solo é fundamental para que o país estabeleça melhor as suas estratégias, não apenas de produção de alimentos, mas também de conservação de recursos naturais. As informações serão extremamente úteis para o Estado brasileiro, e não apenas para a agricultura” destaca.
O programa de investigação de solos do Brasil foi oficializado com a assinatura do decreto presidencial nº 9.414, de 19 de junho de 2018. A estrutura de governança do programa, cujo comitê estratégico é liderado pelo Ministério da Agricultura e o comitê executivo pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa/Solos) foi ajustado pelo decreto presidencial Nº 10.269, de 6 de março de 2020.
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Atualmente, segundo Petula Ponciano, chefe geral da Embrapa Solos, o nível de informações sobre solos no Brasil contrasta com a realidade de grande parte dos países desenvolvidos, como os Estados Unidos, cujo território é quase integralmente coberto por mapas de solos em escalas muito mais detalhadas.
Para este ano, o objetivo é construir Plataforma do PronaSolos, que irá reunir informações do solo brasileiro e deve ter a sua primeira versão apresentada em dezembro . Os dados poderão ser acessados por pesquisadores, produtores rurais e pela população em geral, de forma gratuita.
Outra iniciativa da pasta relacionada à conservação de solo é o Programa Nacional de Conservação de Recursos Naturais e Desenvolvimento Rural em Microbacias Hidrográficas, o “Águas do Agro”. É um projeto estratégico da pasta voltado para conservação do solo e da água, por meio de tecnologias que combatem a erosão de solo e com incentivo para sistemas produtivos como o Plantio Direto, fortalecendo a liderança mundial do Brasil neste quesito.
“Quando a agricultura maneja adequadamente o solo, outros recursos naturais são conservados” , destaca Mariane. Atualmente, o Brasil enfrenta um grande desafio com a perda de solos. Na avaliação diretora do Mapa, o PronaSolos e Águas do Agro tornarão a gestão e conservação deste recurso mais eficiente, melhorando a produtividade e a sustentabilidade do agronegócio brasileiro.
Fonte: MAPA
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