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Resíduo de fósforo no solo pode ser estratégia de lucro

Resíduo de fósforo no solo pode ser estratégia de lucro

Um estudo do Programa de Pós-graduação em Ciência Solo, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) buscou entender legado que o fósforo (P) usado a longo prazo do solo e fertilizantes fosfatados na produção agrícola.

A pesquisadora Marta Jordana Arruda Coelho avaliou o efeito das formas de aplicação do fertilizante fosfatado (fosfatagem, sulco e lanço) em três diferentes sistemas de cultivo de longa duração, convencional, reduzido e plantio direto no acúmulo de P do solo e na sua disponibilidade às plantas.

“O fósforo é um dos nutrientes que mais limitam a produção agrícola devido à sua baixa disponibilidade nos solos, exigindo alta adubação com fertilizantes para obter uma boa produção. No entanto, diferentes formas de aplicações dos fertilizantes fosfatados podem afetar a disponibilidade de P no solo e aumentar a eficiência do uso deste nutriente pelas culturas”, comenta.

– Sistema convencional – um estudo com doze anos de duração buscou entender o efeito da aplicação do fertilizante com doses iniciais (fosfatagem) e anuais de P (manutenção) na produção de algodão e soja em um Latossolo do Mato Grosso .

– Sistema reduzido de cultivo – foi avaliada uma área com dez anos de duração, mapeando a influência da adubação fosfatada (lanço superficial e sulco profundo) na produção de milho e soja em um Molissolo de baixa fertilidade do Kansas, EUA. “A aplicação do fertilizante a lanço superficial aumentou tanto o P disponível como frações de P menos disponíveis no solo na camada superficial (0-7,5cm), tendo maior eficiência de uso do fertilizante à lanço em comparação à aplicação em sulco profundo”, detalha.

– Sistema de plantio direto, com cinco anos de duração, foram avaliados os efeitos da adubação fosfatada inicial (fosfatagem) em diferentes profundidades e aplicações anuais de doses de P (manutenção – a lanço e sulco), na transição de pasto extensivo para o cultivo de soja e milho, também em um Latossolo argiloso de baixa fertilidade no Mato Grosso. “A disponibilidade de P na superfície solo (0-10cm) foi aumentada com a aplicação anual de 100 kg P2O5 ha-1 via sulco e lanço superficial, e quando aplicada essa mesma dose via sulco para as maiores profundidades avaliadas (10-20 e 20-40 cm), enquanto os efeitos da fosfatagem foram pouco expressivos”, explica.

A principal conclusão é que o efeito residual na disponibilidade de P no solo, em longo prazo, pode representar uma estratégia lucrativa para reduzir a aplicação de fertilizantes fosfatados. “Assim podemos maximizar suas eficiências nos diferentes sistemas de cultivo e tipos de solos”, finaliza.

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